Ciência às 7 e meia: Como os animais nos vêem é tema de palestra do Musa

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Por que a cutia tem hábitos diurnos, a capivara se movimenta mais no final da tarde e a paca é mais ativa à noite? E por que alguns animais enxergam mais que os humanos? E como "enxergar"a natureza com os olhos dos animais? As técnicas utilizadas pelos cientistas para chegar a essas conclusões são o tema da palestra do próximo Ciência às 7 e meia, nesta quarta-feira, dia 25, às 19h30, no Teatro Direcional, no Marauara Shopping. Executado em parceria entre o Musa - Museu da Amazônia - e o Teatro Direcional, o projeto leva ao local  palestras e oficinas sobre temas científicos apresentadas em linguagem descontraída e com uso de belas imagens e recursos audiovisuais.



As palestras do projeto Ciência 7 e meia estão disponíveis no canal do Musa no Youtube: http://www.youtube.com/museudaamazonia. A palestrante esta quarta é a neuroanatomista Silene Lima, professora doutora da Universidade Federal do Pará (UFPA). A entrada é gratuita.  Silene Araújo Lima tem pós-doutorado na Universidade de Viena, doutorado em Ciências Biológicas (biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestrado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e graduação em Ciências Biológicas também pela UFPA. Tem experiência na área de fisiologia, com ênfase em neurofisiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: retina, sistema visual, imunocitoquímica, fotorreceptores, primatas e roedores da Amazônia.

Segundo Silene, os cientistas utilizam, basicamente, três técnicas para chegar as essas conclusões: anatômicas, fisiológicas e comportamentais. Os estudos de da pesquisadora se apoiam na anatomia da retinas dos animais. A técnica é dissecar os olhos dos bichos para pesquisar  como as imagens chegam às retinas dos animais e são transformadas em sinais neurais. "O objetivo é identificar as células visuais, que são os cones e bastonetes. Os cones, relacionados à visão diurna e os bastonetes, à noturna. É a quantificação das células visuais que dá a indicação dos hábitos do animal", explica.

Em relação às cores, a visão diz respeito às células receptoras das cores azul, vermelho e verde. Na ausência de uma delas, como ocorre com cachorros e gatos, os animais enxergam em preto e branco. O mesmo ocorre com o boi. "Ao contrário que muita gente pensa, o touro ataca o toureiro em movimento e não a cor vermelha de sua capa". Já os répteis e as aves têm  visão muito mais colorida do que humanos, informa a pesquisadora.


Enquanto os primatas enxergam exatamente como o ser humano, outros animais, como o gavião,  têm a visão mais aguçada. "Ele precisa dessa visão mais acurada devido a sua própria condição de predador, já que precisa capturar presas em movimento e detectá-las a grandes distâncias", explica Silene.

Evolução
Mas como o processo de evolução das espécies influenciou nessa diversidade de tipos de visão dos animais? Este será outro ponto abordado pela especialista em sua exposição.

Serviço
Ciência às 7 e meia
Palestra: Como os animais nos vêem!
Palestrante: Silene Lima / Universidade Federal do Pará (UFPA)
Dia: 25 de setembro
Horário: 19h30
Local: Teatro Direcional
Endereço: Manauara Shopping, Av. Mario Ypiranga, 1300, Adrianópolis

Entrada gratuita
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