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ONU pede o fim imediato da ofensiva terrestre

Ban Ki-moon falou com o primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert.
'Esta escalada vai aumentar os sofrimentos da população civil', afirmou.

Do G1, com agências internacionais

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu na noite deste sábado (3) o fim imediato da ofensiva terrestre israelense na Faixa de Gaza, informou a assessoria de imprensa das Nações Unidas. 

Veja a cobertura completa dos confrontos 

Ban conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, demonstrando a ele "sua preocupação extrema e decepção", após iniciar a ofensiva terrestre, segundo um comunicado.

 

Convencido de que "esta escalada vai inevitavelmente aumentar os sofrimentos da população civil", pediu o fim imediato da operação terrestre, insistindo para que Israel faça o possível para assegurar a proteção da população civil e o encaminhamento da ajuda humanitária". 

 

Primeiras baixas da invasão

 

Dezenas de palestinos armados morreram nas horas seguintes à ofensiva por terra iniciada por Israel na noite deste sábado (3), segundo um militar israelense ouvido pela agência AFP.

 

O oficial disse ainda que não houve baixa do lado de Israel. Segundo a AP, ruído intenso de artilharia foi ouvido no lado leste da cidade de Gaza durante a invasão, assim como tiroteios.

 

As tropas israelenses entraram por terra na Faixa de Gaza dando continuidade a uma ofensiva iniciada há oito dias com cerco terrestre e ataques aéreos.

 

O porta-voz-chefe das Forças de Defesa de Israel, brigadeiro Avi Benayahu declarou a um canal de televisão que a ação terrestre na Faixa de Gaza não será curta. "Levaremos muitos longos dias", declarou.

 

O ministro da Defesa do país, Ehud Barak, também alertou que a campanha "não será fácil e não será curta". "Não buscamos a guerra, mas não abandonaremos aos ataques do Hamas que vêm ocorrendo", disse ainda.

 

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Ampliar FotoFoto: Globonews

Imagem com câmera de visão noturna mostra movimentação de tropas israelenses durante invasão da Faixa de Gaza. (Foto: Globonews)

A entrada no território palestino aconteceu já durante a noite.

 

Os militares informaram que a incursão tem como objetivo isolar áreas de onde palestinos estariam disparando foguetes contra território israelense.

 

"O objetivo é destruir a infraestrutura de terror do Hamas na área de operações", disse a major Avital Leibovitch, porta-voz do Exército. "Vamos tomar algumas das áreas de lançamento usadas pelo Hamas", acrescentou.

 

"Espero que os resultados dessa operação tragam tranquilidade no longo prazo. No momento em que eles dispararem, nós responderemos com grande força", disse a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, na TV israelense. "Pode ser que sejam necessárias várias operações", acrescentou.

 

De acordo com o diário israelense "Haaretz", um grande número de forças está participando do ataque, incluindo infantaria, tanques, grupos de engenharia, artilharia e inteligência, com apoio da Força Aérea, da Marinha e do serviço de segurança Shin Bet.

 

O Hamas, por meio de um porta-voz, disse que resistirá ao ataque.

 

Ampliar FotoFoto: Editoria de Arte/G1

Mapa indica a localização da Faixa de Gaza. (Foto: Editoria de Arte/G1)

Pelo menos 15 foguetes teriam sido disparados contra Israel neste sábado, ferindo duas pessoas.

 

Durante o dia, tanques israelenses que cercam a Faixa de Gaza abriram fogo contra o território pela primeira vez desde o início da ofensiva militar, há oito dias.

 

A operação ocorre menos de 24 horas após a morte de um dos líderes militares do Hamas,Abu Zakaria al-Jamal.

 

O diário "Haaretz" informa ainda que, segundo oficiais israelenses, havia cerca de 10 mil homens preparados para a invasão na fronteira da Faixa de Gaza, antes de ela ser autorizada. Segundo o jornal, os comandantes estavam divididos sobre qual seria o melhor momento para iniciar a movimentação terrestre, já que a entrada em Gaza poderá causar grande quantidade de baixas. Também argumentava-se que o Hamas já havia sido suficientemente afetado pelos ataques aéreos dos últimos oito dias.

 

Desde o início das hostilidades, há oito dias, até pouco antes do início da invasão terrestre, mais de 440 palestinos haviam sido mortos pelos bombardeios, segundo fontes oficiais palestinas. Outros 2.285 teriam sido feridos. Até então, quatro israelenses haviam morrido em decorrência dos ataques com foguetes palestinos.

 

 

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