Em até 40 dias, produtores já terão acesso ao crédito rural ampliado, disse Omar Aziz ao formalizar parceria com Banco da Amazônia e Banco do Brasil

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O governador Omar Aziz disse, na manhã desta quarta-feira (29), durante assinatura de protocolo de intenções com o Banco da Amazônia e Banco do Brasil para incrementar o crédito rural em R$ 300 milhões, que em até 40 dias serão assinados os primeiros contratos de financiamento com 193 produtores do município de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus). Os recursos vão incrementar a piscicultura no município, onde o Governo do Estado está construindo um Centro Tecnológico de Produção de Peixe com investimentos de R$ 2 milhões.

A assinatura do protocolo ocorreu na manhã desta quarta-feira, 29, na sede do Governo, na Compensa, zona oeste, com a participação do governador, do vice-governador, José Melo, do secretário estadual de Produção Rural, Eron Bezerra, titulares de outros órgãos do Governo, o presidente da Câmara Municipal de Manaus, Bosco Saraiva, o deputado Chico Preto, representantes das instituições financeiras e produtores rurais.

Além de produtores de Humaitá, que já mantêm onze tanques de alevinagem e dez de engorda de alevinos de tambaqui e matrinxã e devem despontar na produção de peixes, Omar Aziz destacou que famílias de produtores rurais de municípios como Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Careiro da Várzea e Careiro Castanho também têm grande potencial para produção de peixe em cativeiro. A fruticultura nesses municípios também é promissora e, em ambos os casos, segundo o governador, os aportes financeiros e a assistência tecnológica são fundamentais para o desenvolvimento.

"A piscicultura com certeza se tornará a grande fonte econômica do Estado daqui a alguns anos. É uma questão de tempo, nós temos essa vocação, o povo amazonense tem essa vocação", disse Omar Aziz ao também destacar a importância da ampliação do crédito rural. "Nós precisamos de recurso para fazer tanque, para arar, mecanizar, e o Basa e o Banco do Brasil estão disponibilizando uma rede de crédito com uma carência de três anos para que a gente possa fazer isso", frisou.
O governador adiantou que Estado vai auxiliar os produtores na elaboração dos projetos para que os recursos sejam liberados com maior rapidez. "A gente espera que em 30 a 40 dias os produtores já tenham esse recurso". Para a assistência técnica aos produtores, a Secretaria de Produção Rural (Sepror) vai contar com a estrutura e os recursos humanos do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) e do Projeto Residência Agrária, executado pelo Governo do Estado e que já contratou 180 técnicos que estão em treinamento.

Omar Aziz afirmou, ainda, que a produção do Amazonas poderá ser ampliada à medida que forem reduzidos entraves burocráticos nas áreas ambiental e fundiária, que dificultam a regularização dos produtores e a obtenção de crédito rural. "Então essas dificuldades são grandes, mas a gente tem que criar alternativas e essas alternativas para mim estão nas nossas vocações, principalmente na produção de peixe em tanques escavados e na produção agrícola em áreas que hoje a gente possa trabalhar em cima delas".

Na piscicultura, Omar Aziz acrescentou que a expectativa, com o novo aporte para o crédito rural, é que sejam construídos de 1,5 mil a 2 mil hectares de lâminas d'água em todo o Estado.

Operações - Dos R$ 300 milhões que serão disponibilizados pelo Banco da Amazônia e Banco do Brasil, será destinado limite de R$ 150 mil por produtor, que terá facilidade na garantia do crédito. O volume de crédito será capaz de alcançar mais de 276 mil produtores rurais de todo o Amazonas, que terão que pagar juros de 2% ao ano. Para facilitar o acesso ao recurso, o Governo do Amazonas participará com o Fundo de Aval nas operações, com a alocação, pelo Fundo,de até 2% do valor financiado pelos bancos.

De acordo com o superintendente regional do Banco da Amazônia, Donizete Borges Campos, a linha de crédito rural é atrativa por ter uma taxa diferenciada, da ordem de 2% ao ano, com três a quatro anos de carência e prazo final de até 12 anos para pagar. "É um recurso que vem par desenvolver a região", disse o executivo.

"Esses R$ 300 milhões são o mínimo que os bancos estão garantindo. Se aplicarmos todo esse volume, serão disponibilizados mais dinheiro. O interesse é ampliar esses recursos e movimentar a economia do setor primário", destacou o secretário estadual de Produção Rural, Eron Bezerra.









FOTOS: ALEX PAZUELLO / AGECOM




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