Economia do Amazonas deverá crescer com aprovação de MP 595/2012

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Portos

Aumento da exportação e maior agilidade no envio de produtos da região para outros estados do país são alguns dos benefícios que o Amazonas terá com a aprovação da Medida Provisória (MP) nº 595/2012, relatada pelo senador Eduardo Braga (PMDB/AM). A MP foi aprovada ontem (16) pelo Senado.

Atualmente, o Amazonas possui, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), cinco portos públicos, sendo um de grande porte (em Manaus) e mais quatro nos municípios de Itacoatiara, Parintins, Coari e Tabatinga, chamados de Instalações Portuárias de Pequeno Porte (IP4). Além disso, existem no estado 12 Terminais de Uso Privativo (TUPs) e três estações de transporte portuário.

Assim como se prevê para todo Brasil, os portos do Amazonas poderão ter maior eficiência no desembaraço de cargas, pois a medida vai gerar mais competitividade e vai permitir a abertura de novos terminais, o que promete melhorar o fluxo de exportação e escoamento dos produtos da Zona Franca de Manaus. Além disso, com a aprovação, será permitido aos portos privados movimentarem cargas de terceiros, aumentando as possibilidades de transporte na região.

"São medidas que vão alavancar o escoamento de nossa produção e que, consequentemente, vão gerar mais emprego e renda no estado", destacou Braga.

Setores que dependem de portos no AM apoiam aprovação
O presidente da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fieam), empresário Antônio Silva, concorda que a MP 595 proporciona maior liberdade de operação nos terminais e instalações portuárias, abrindo espaço para que a indústria amazonense aumente sua competitividade. Na avaliação dele, a MP dos Portos é um passo decisivo para acelerar os processos que permitirão o aperfeiçoamento do sistema portuário amazonense.

"As novas regras nos darão uma maior eficiência e a chance de eliminar o tripé: gargalo/custos elevados/baixos e investimentos, que resultam na ineficiência crônica da nossa logística", explicou.

Antônio Silva disse que o Amazonas tem um prejuízo muito grande no que se refere à competitividade dos produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus.

"Os nossos custos de logística são muito superiores aos custos praticados no mercado. Se não tivermos uma mudança profunda no sistema atual, jamais conseguiremos superar, ou nos igualar, às condições de concorrência dos demais estados brasileiros", considerou.

MP é positiva para a Zona Franca
Para o superintendente da Zona Franca de Manaus, Thomaz Nogueira, o impacto da MP dos Portos será extremamente positivo para a economia do Amazonas. Ele disse que o modelo ZFM precisa de um sistema portuário que atenda as especificidades da indústria local, pois as fábricas do Polo Industrial de Manaus estão distantes tanto dos centros produtores de insumo quanto dos centros consumidores.

Thomaz Nogueira considera que a modernização dos portos do Amazonas é uma questão de sobrevivência, pois o estado precisa evoluir na questão logística.

"Temos que encurtar os prazos de recebimento de insumos e de entrega de produtos acabados para patamares, no mínimo, razoáveis. Assim, conseguiremos minorar os custos e nos tornaremos mais competitivos", explicou Nogueira.

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