Cigás prepara ampliação para levar gás natural a mais 30 empresas do Polo Industrial de Manaus

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A Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) vai dar a largada para uma nova fase de expansão da rede de distribuição de gás natural (GN) para atender a 30 empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). Cerca de 28 quilômetros de novas tubulações  serão construídos partindo do ramal do Mauá, na avenida Solimões, no bairro do Mauazinho, zona leste, para atendimento das fábricas até junho de 2014.


O setor industrial é a principal prioridade dentro do plano estratégico de expansão da Cigás para os próximos cinco anos. Com investimentos anuais em torno de R$ 40 milhões, a meta é pelo menos dobrar o volume distribuído e se tornar a quarta maior companhia de gás em volume de vendas no país. "Estamos buscando consolidar nossa presença no setor industrial. Para o varejo, por exemplo, o gás não é viável porque exige um investimento alto e o retorno é baixo. Sem contar que nem para as próprias lojas é uma vantagem", frisou o presidente da Cigás, Lino Chíxaro.

No setor energético da capital, a Companhia tem presença forte e alcança 60% do mercado de geração de eletricidade, fornecendo 2,8 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia para abastecer sete usinas térmicas. Aplicado na mudança da matriz energética, o gás natural é um combustível mais econômico, com redução de custos de 40%, em média.

A tabela de preços do GN para a indústria foi estabelecida em janeiro de 2010 e varia conforme a faixa de consumo. O preço do metro cúbico vai de R$ 1,24 a R$ 1,74, já incluindo impostos. A tarifa do GNV é de R$ 1,24, somando os impostos, com pagamento a vista.

Dez empresas do PIM são atendidas, com fornecimento diário de 80 mil metros cúbicos de gás. Nos últimos meses, sete empresas selaram acordo para integrar a rede de consumidores. A prospecção de novas empresas segue o traçado dos dutos da Cigás. "O gás é um insumo bem mais barato em relação aos outros combustíveis fósseis, além do apelo ambiental. Em um polo industrial, é importante porque reduz custos e ajuda a aumentar a competitividade das empresas", pontuou o presidente da Cigás, ressaltando que para levar o produto às empresas, a Cigás arca com todos os custos do investimento.

A rede de tubulações do gasoduto é de 48 quilômetros e compreende as avenidas Torquato Tapajós, Constantino Nery, Coronel Teixeira, Jacira Reis, além da BR-174 e da AM-010. A comercialização anual alcançou ano passado um volume médio de 2,8 milhões de m³/dia.

Em 2012, a ampliação da rede beneficiou sete novos clientes, entre fábricas de bebidas e eletroeletrônico. No mesmo período, aCigás também ampliou a base de fornecimento do Gás Natural Veicular (GNV) para um novo posto de combustível na avenida Torquato Tapajós, um novo shopping center na Ponta Negra, zona oeste de Manaus, e uma empresa de Gás Natural Comprimido (GNC).

Segundo Lino Chíxaro, a partir de 2013, um dos focos da Cigás é alcançar os grandes condomínios da cidade. "Para isso, é preciso haver mudanças na legislação, no plano diretor", disse.

Gás Natural Veicular - Para aumentar o número de consumidores do GNV, a Cigás está trabalhando na reestruturação do fornecimento do produto nos postos de combustível de Manaus e está finalizando negociações para incorporar mais dois postos de combustíveis à rede de abastecimento dos veículos.

"Estamos em contato com duas redes de postos e trabalhando paralelamente. Temos que chegar até o final do ano com seis postos fornecendo o gás natural, o que vai tornar o produto mais acessível. Vamos inaugurar no próximo mês o posto na estrada do aeroporto e, até o final do ano, um na zona leste da cidade. O gás obedece às regras de mercado. A gente induz, mas não adianta muito ter postos se não tem carros", ressaltou Chíxaro.

Em Manaus, o GNV é fornecido em dois postos, um na zona sul (Bola da Suframa) e na zona centro-sul (avenida Constantino Nery). A rede será acrescida dos postos na entrada do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e outro na avenida Torquato Tapajós. Para aumentar o consumo do produto, a companhia planeja o lançamento de uma campanha de incentivo à conversão para usar o gás, ressaltando as vantagens econômicas e a segurança.

"Atualmente não só os taxistas, mas qualquer motorista que tenha seu carro convertido pode fazer uso do GNV. Os custos para a conversão já caíram de R$ 5 mil para cerca de R$ 3 mil, e vai baratear ainda mais quando os novos postos forem inaugurados", reforçou o presidente da Cigás.

Em paralelo, a companhia negocia com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) a criação de um programa de incentivos para o uso do produto pelos motoristas, com a concessão de descontos no pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA) ou isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na aquisição dos equipamentos de conversão.


FOTOS: ALFREDO FERNANDES / AGECOM

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  1. Parabéns pelo blog, ótimo trabalho e muito bem estruturado. Att www.Empilhashop.com.br (empilhadeiras usadas)

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