Coreia do Norte diz que entrou em estado de guerra com sul-coreanos

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A Coreia do Norte disse neste sábado (noite de sexta-feira em Brasília) que entrou em estado de guerra com os sul-coreanos, em mais uma declaração em meio às ameaças feitas pelo país comunista a Seul e Estados Unidos.
Em comunicado da agência de notícias estatal KCNA, o regime do ditador Kim Jong-un afirma que as relações entre os dois países serão tratadas desse modo, o que significa que os laços entre os dois países estão cortados.

Tensão na Coreia do Norte

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Jon Chol Jin/Associated Press
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Milhares de norte-coreanos participam de ato de apoio ao ditador Kim Jong-un, que mandou apontarem mísseis contra os EUA, na praça principal de Pyongyang
Oficialmente, Seul e Pyongyang estão em estado de guerra desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953), em que os dois países assinaram um armistício. A trégua nos combates também foi interrompida pelos norte-coreanos na semana passada, mas não foi reconhecida por Seul.
No entanto, apesar das relações cortadas, ainda discutiam formas de ajuda humanitária e programas para reativar a economia do país comunista, como o complexo industrial de Kaesong, que emprega mais de 80 mil norte-coreanos e é controlado por empresas sul-coreanas.
O país comunista iniciou a escalada retórica contra os americanos e os sul-coreanos após ser submetido a duas sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) por causa do lançamento de um foguete espacial com tecnologia de mísseis em dezembro e ao teste nuclear de 12 de fevereiro.
Pyongyang também protestou contra os exercícios militares realizados todo o ano entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, que começaram no início do mês. Além de colocar as tropas em preparação para o combate e de cancelar o armistício, os norte-coreanos cortaram as linhas telefônicas de contato com a Coreia do Sul.
A Casa Branca declarou nesta sexta-feira que leva a sério as ameaças da Coreia do Norte, embora reconheça que elas sigam um padrão familiar.
"Levamos a sério estas ameaças e estamos em contato permanente com nossos aliados da Coreia do Sul", disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança americano, Caitlin Hayden.
BOMBARDEIO
A tensão entre os norte-coreanos, os sul-coreanos e os americanos aumentou nos últimos três dias após os Estados Unidos enviarem na quinta (28) dois aviões bombardeiros B-2, que têm capacidade de levar ogivas nucleares, para os exercícios militares.
Horas após o exercício, o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, disse que a intenção não foi provocar a Coreia do Norte e afirmou que o país estava preparado para enfrentar qualquer ameaça. "Devemos deixar claro que essas provocações da Coreia do Norte são levadas muito a sério por nós e responderemos a isso".
Na madrugada desta sexta, o ditador Kim Jong-un ordenou alerta às Forças Armadas do país e que os mísseis fossem apontados para os Estados Unidos e as bases militares americanas no Pacífico. Conforme a agência oficial de notícias, ele considerou que "está na hora de acertar as contas com os imperialistas".
Em resposta, os Estados Unidos voltaram a dizer que as ameaças de Pyongyang só aprofundarão o isolamento do país. "O caminho da paz para os norte-coreanos é claro", disse Josh Earnest, porta-voz adjunto da Casa Branca.
As exigências dos americanos ao regime de Kim Jong-un são acabar com o programa nuclear, cumprir suas obrigações internacionais, em referência às resoluções da ONU sobre mísseis e atividade atômica, e acabar com sua "retórica belicista".
O anúncio foi seguido por um ato de apoio em Pyongyang que juntou cerca de 110 mil pessoas, segundo o governo local. Especialistas consideram que um ataque aos EUA é improvável, mas temem que o clima leve a um confronto localizado.
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