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| Prefeito eleito de Manaus, Artur Neto, no encontro com o governador Omar Aziz |
Por Daniel Maciel
Artur não escolheu um modelo de campanha paz e amor no conceito lulísta de fazer campanha, como aconteceu na corrida presidêncial em 2002. Artur escolheu um tom diplomático de fazer campanha, bem ao seu modo, ao seu estilo, exalando tranquilidade e calma em tudo que fazia. Até mesmo os debates que tinham tudo para descambar para baixaria, Artur enquanto candidato conduziu às águas plácidas do sossego, da voz macia e inclusive selando um deles com um beijo na sua oponente.
Pelo que tudo indica na transição não vai ser diferente... Até mesmo porque o governador Omar Aziz já acenou com um comportamento altamente diplomático também, ligando para Artur, apesar de ter sido derrotado por ele e hoje (30) recebendo o prefeito eleito para uma audiência pessoalmente.
Se tanta diplomacia fere o estilo ferrenho e disputado de fazer política, por outro lado mostra que há de se ter inteligência para governar a coisa pública com espírito republicano pondo de lado “os entretanto” e caminhando para “os finalmente”.
E neste caso Artur tem que ir direto ao ponto mesmo. Ele está pegando o bonde andando e tem que por as coisas no trilho. Para isto, tem que sentar mesmo, como grande diplomata que é e fazer do seu conhecimento uma ferramenta útil ao seu governo para que as políticas públicas que tanto Manaus necessita, venha a ser postas em prática.
A Manaus de Artur será a Manaus da copa: sendo assim tem tudo para ser um campo político minado, expondo suas deficiências aos olhos do mundo que vai vir para acompanhar alguns jogos que por aqui acontecerão. Mas de campo minado pode se tornar um exemplo de soluções para problemas como transporte público, infraestrutura urbana, opções de espaços públicos para entretenimento, sistema de saúde que funcione além das superações de outros problemas pontuais que impedem o avanço de nossa capital, há anos.
Assim, de forma diplomática é necessário o novo prefeito por à mesa com as mais diversas correntes políticas e econômicas do Estado o projeto de Manaus que pretende para sua gestão sem, no entanto vender a prefeitura à vontade insana daqueles que só querem se locupletar da coisa pública, sabendo como bom estadista que é, separar o joio do trigo ou seja, separar os interesses públicos da ganância privada, formando parcerias que viabilizem o projeto de governo sem perder decência, sabendo tratar e dar o devido espaço a quem quer realmente ter compromisso com o desenvolvimento de nossa capital.
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