Soldado indiciado em tentativa de morte de adolescente é preso pela PMAM

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            A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informa que o soldado Wilson Henrique Ribeiro da Cunha foi preso neste sábado, às 6h45, em sua residência no Conjunto Beija Flor, bairro Flores, zona centro-sul de Manaus, por uma equipe da Polícia Militar do Amazonas (PMAM). Wilson era considerado foragido de Justiça depois que a prisão preventiva dele foi decretada, na última quinta-feira (24). Ele, outros cinco policiais e um cabo da PMAM foram indiciados por terem atentado contra a vida de um adolescente, em agosto do ano passado, conforme imagens em vídeo que denunciam abordagem irregular, com ação truculenta e abusiva, por parte da guarnição que atendeu ocorrência no bairro Amazonino Mendes, zona norte de Manaus.

            Após ser detido em sua residência, Wilson foi encaminhado à Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública, onde está sendo ouvido. Ele será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e, posteriormente, conduzido ao Batalhão de Guarda da PMAM, localizado no Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus, onde também estão presos preventivamente o cabo Janderson Bezerra Magalhães e os soldados Rosivaldo de Souza Ferreira, Marcos Teixeira de Lima, Wesley Souza dos Santos, André Luiz Castilhos Campos e Alexandre Souza dos Santos. Todos estão à disposição da Justiça.

            De acordo com informações do Comando da PMAM, Wilson foi localizado a partir de investigações da Secretaria de Inteligência da SSP, que apurou que o endereço que constava no registro funcional do soldado era de uma tia dele. Ela foi localizada e, a partir de novas investigações, foi localizada a residência de Wilson no Conjunto Beija Flor, onde ele foi preso.

               A prisão preventiva dos policiais, segundo a decisão do Juiz Bismark Gonçalves Leite, foi fundamentada no que prevê o Código de Processo Penal Militar (CPPM), Art. 255.  Esse artigo prevê que a prisão preventiva deve fundamentar-se em um dos seguintes casos: garantia da ordem pública; conveniência da instrução criminal;  periculosidade do indiciado ou acusado; segurança da aplicação da lei penal militar; exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.

Também está em andamento o Inquérito Policial Militar (IPM), instaurado para apurar a ocorrência, bem como a apuração pelo Conselho Disciplinar  criado para cuidar do caso. "Estes policiais serão responsabilizados. Já estamos com inquérito policial militar instaurado e todo empenho será feito para que o fato seja apurado. Eles macularam a imagem da instituição. Não é essa a prática ensinada e treinada nas academias e que os policiais se devotam no dia a dia de suas atividades", disse o secretário da SSP, Zulmar Pimentel, ao reafirmar que a Secretaria está seguindo a determinação do Governador Omar Aziz de que os fatos sejam apurados com rigor e rapidez para que a justiça possa ser feita o mais breve possível.

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