Programa do Governo Federal beneficia escolas do Amazonas com a distribuição de computadores portáteis

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O Programa Um Computador por Aluno (Produca), promovido pelo Governo Federal, irá beneficiar nove escolas da rede pública do Estado do Amazonas com a distribuição de 500 (quinhentos) laptops para cada uma das instituições de ensino. Entre as beneficiadas, cinco escolas são da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e pertencem aos municípios de Anamã, Beruri, Careiro da Várzea, Borba e uma na cidade de Manaus.

A meta do Governo Federal é levar para 300 escolas do Brasil, escolhidas pelos secretários estaduais e municipais de educação, um computador portátil para cada aluno e professor. Para esclarecer e divulgar o conteúdo do programa, um workshop acontece hoje (28) e amanhã no auditório da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e reúne pedagogos e gestores de estados brasileiros, representantes do Governo Federal, Ministério da Educação, Banco Interamericano de Desenvolvimento e Secretaria Estadual de Educação.

O representante do Gabinete da Presidência da República, José Luiz Aquino, esclarece que o programa não é tecnológico, mas sim, educacional e tem o objetivo de tornar a tecnologia uma ferramenta que contribua com a nova educação. “A didática utilizada em sala de aula, na maioria das vezes, é a mesma do século passado, talvez, do século retrasado: o professor, o quadro negro e um livro”, esclarece Aquino ao acreditar que o programa nacional será uma alavanca para mudar e tornar a educação mais agradável.

Para o Secretário Estadual de Educação (Seduc), Gedeão Amorim, o Produca não se resume na distribuição dos equipamentos, mas sim, na iniciativa de começar um programa com ênfase na formação dos profissionais que vão lidar diretamente com a nova ferramenta. “Para o Estado do Amazonas é mais uma ação, pois já contamos com mais de 400 laboratórios na rede de escolas estaduais, além disso, temos um sistema de controle escolar, lançamos neste ano o projeto Professor na Era Digital, onde cada professor recebeu um notebook com todos os aplicativos que lhe são servidos”, confirma o secretário.

No ano passado, o projeto piloto do programa de inclusão digital aconteceu em escolas públicas de Porto Alegre (RS), Piraí (RJ), Palmas (TO) e São Paulo (SP). Após a fase experimental, as instituições da Região Norte foram incluídas no programa, o qual estará em funcionamento a partir do mês de outubro.

Para que as escolas pré-selecionadas comecem a fazer o uso dos laptops, alguns critérios estabelecidos pelo Governo Federal devem ser cumpridos pelos gestores locais. Segundo José Aquino, cada escola deve ter em média 500 alunos e professores, possuir energia elétrica para carregamento dos laptops, bem como, armários para armazenamento dos mesmos. Além disso, as pré-selecionadas devem ter acesso à internet. “O programa recebeu investimentos da União e cabe aos Governos Estaduais e Municipais a adequação do modelo pedagógico da escola com a utilização dos computadores o maior tempo possível dentro das salas de aula”, explica.

Um dos obstáculos para implantação do Produca no Brasil, segundo José Aquino, é a conexão banda larga que não atende satisfatoriamente a demanda, no entanto, o maior desafio é formar e capacitar os professores a fim de conscientizá-los da importância de fazer o uso de computadores nas aulas com a finalidade pedagógica e de pesquisa. “Os professores são os grandes parceiros e precisam ter esta formação e capacitação para permitir que os alunos usem os equipamentos dentro de sala de aula”, acrescenta.



Para formar um grupo gestor capacitado, o Ministério da Educação exige que o professor cumpra uma carga horária de 180 horas, sendo 40 presenciais e 140 referentes ao ensino à distância. O coordenador geral da formação dos professores da Secretaria de Educação à Distância do MEC, Cláudio André, explica que foi criado um ambiente virtual denominado E-Proinfo que suporta todas as atividades desenvolvidas com os alunos e professores. “Temos a participação da Universidade Federal do Amazonas, da Secretaria de Educação Municipal e Estadual, além dos Núcleos de Tecnologias Educacionais e similares que dão o suporte na formação de professores”.

Fotos: Alfredo Fernandes / AGECOM




DANIEL MACIEL
BLOG COARI EM DESTAQUE

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