DEU NO POVO ON LINE: 15 anos do Real: o que comemorar?

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José Maria Porto M. Sobrinho
05 Jul 2009 - 23h00min

Após uma série de tentativas fracassadas de planos heterodoxos, nasceu em junho de 1994, o plano mais engenhoso de combate à inflação já utilizado neste país. Muitas foram as moedas, pelo menos até o ano de 1994, quando se deu inicio o Plano Real, com a criação a moeda batizada de real. As constantes trocas de moeda antes do Plano Real eram motivadas pela falta de estabilidade econômica provocadas pela hiperinflação. Numa visão perspectiva, podemos afirmar que enfim “nos encontramos” em termos de moeda.

Nesse caso, o fim da hiperinflação pode ser considerado o grande triunfo do Plano Real? O Brasil era considerado o país da inflação. O que se comprava por um valor pela manhã talvez não se comprasse pelo mesmo preço na parte da tarde. A inflação sem dúvida foi um dos grandes obstáculos para o crescimento da economia. Com ela sob relativo controle, outras medidas econômicas foram tomadas e formaram os pilares do sucesso do real que criou um horizonte de estabilidade monetária. Por exemplo, as privatizações, o aumento da abertura da economia, promovendo um maior incremento do comércio internacional, a melhoria da produtividade das empresas e a condução da política econômica de forma austera adotada pelo Governo Federal.

Há de se convir que o Brasil não está “vacinado” e dessa forma imune contra a volta de taxas elevadas de inflação. A inflação sempre merece cuidados e o governo sabe disso, por isso instituiu em 1996 o Comitê de Política Monetária do Banco Central - o Copom, com foco no acompanhamento sistemático da inflação.

Os instrumentos utilizados na condução da política monetária têm se mostrado extremamente ágeis e de comprovada eficácia. O Banco Central horas se utiliza de medidas contracionistas para inibir o consumo e horas se utiliza de medidas de caráter expansionista para aumentar a liquidez do mercado, como o que está acontecendo nesse momento. Dessa forma se procura controlar a inflação mantendo o equilíbrio entre a oferta de bens e serviços e a liquidez monetária da economia.

É claro que a moeda hoje é forte, porque a economia é forte. O Brasil tem hoje um grau de abertura econômica diferente de 15 anos atrás. Em 1994, o saldo da balança comercial brasileira foi de pífios US$ 10,44 bilhões.

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