Juiz em dia de fúria

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Fotos e reprodução: Luiz Vasconcelos
Na manhã de ontem ainda estavam no local os estilhaços da porta da loja de conveniência. No detalhe, o juiz Rafael Lima


Emerson Quaresma
Especial para A CRÍTICA

O juiz da comarca do Município de Pauini, Rafael da Rocha Lima, 32, será intimado pela corregedora do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJA), desembargadora Maria do Perpétuo Socorro Guedes, para prestar esclarecimentos sobre envolvimento em ato de vandalismo.

O presidente do TJA, desembargador Francisco das Chagas Auzier, instaurou sindicância na manhã de ontem, assim que soube pelo noticiário, que, na madrugada, por volta das 5h, Rafael Lima protagonizou quebra-quebra e agressão a funcionários do posto BR Mania, na rua João Valério, Vieiralves, Zona Centro-Sul.

Segundo relatos do proprietário do posto de gasolina, Oséias Lima, que obteve junto a seus funcionários que estavam presentes na hora do ocorrido, a informação de que o magistrado chegou em seu carro modelo Peugeot 206, acompanhado de um rapaz e de duas moças ainda não identificados. Oséias contou que o juiz entrou na loja de conveniência para sacar dinheiro no caixa 24 horas acompanhado de um amigo.

“O rapaz (Rafael Lima) não estava conseguindo sacar e o outro começou a dá 'pitaco', e ele começou a bater no colega. Meus funcionários tentaram impedir. Não conseguiram porque ele partiu para cima deles e eles saíram correndo para chamar a polícia. Aí o rapaz saiu quebrando tudo na loja. Tirou a camisa dizendo que era juiz e que ninguém poderia fazer nada contra ele porque era a lei”, relatou o proprietário do posto.

Questionado se o magistrado aparentava estar alcoolizado, Oséias disse que “a olho nu” não dava para afirmar isso. Mas observou que Rafael Lima não aparentava estado normal. “Um cidadão para fazer o que fez não estava em normal. As autoridades terão que fazer os exames para descobrir algo. Acho que ele não é juiz não, deveria estar lá no hospital de louco”, disse.

Em entrevista coletiva pela manhã, a desembargadora Socorro Guedes afirmou logo depois que soube, por meio da imprensa, sobre o fato procurou a presidência do TJA. Ela, que estava no seu segundo dia de trabalho a frente da Corregedoria, afirmou que tentou contatar o magistrado, mas não obteve sucesso. Ela garantiu que ele será ouvido. “O fato é que se trata realmente de um magistrado, e o mais importante é que o tribunal não está apático”, disse Socorro Guedes.

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