Passados um ano e cinco meses após o sueco Johan Eliasch ter decidido alugar grandes áreas amazônicas no seu site, o www.coolearth.org (onde oferecia grandes nacos de terras oriundas do município de Manicoré, a 333km de Manaus), o negócio parece ter ido à pique, no que diz respeito a ofertas referentes à Amazônica brasileira.
As comunidades de Atininga, Democracia e Mataurá, na zona rural de Manicoré, área sul do Amazonas, as quais estavam sendo comercializadas ilegalmente no mercado de créditos de carbono por Eliasch, não constam mais na lista de web-ofertas verdes de Eliasch.
No www.coolearth.org não é especificado o motivo pelo qual a “boa-ação” do sueco foi abruptamente cancelada. Vale lembrar que, além do problema da legalidade, as verbas que até meados de agosto deste ano estavam sendo arrecadadas no pronunciado “desenvolvimento ambiental sustentável” de Eliasch não tinham aparecerido, na prática, para os comunitários de Atininga, Democracia e Mataurá.
Entre os habitantes das comunidades, que juntas totalizam 161 mil hectares (contando as áreas ao norte do rio Madeira), a idéia de “colonialismo verde”, inclusive, já havia tomado força desde o fim do ano passado, quando Eliasch anunciava com pompa já ter ganho cerca de R$ 15 milhões com o comércio de créditos de carbono das áreas de Manicoré.
FALANDO NISSO...
Este sueco cara-de-pau não é o único gringo espertalhão que usando o discurso amazônico, tenta tirar proveito de nossos recursos naturais. É fato, ouvirmos falar de que livros didáticos no estrangeiro mostram a Amazônia como se não fizesse parte do território brasileiro. Sem contar, no discurso furado de "pulmão do mundo". Nossos insetos levados sem nenhum pudor por pseudo-pesquisadores, nossos frutos naturais sendo patenteados na cara dura. São coisas deste gênero que nos deixam preocupados com o futuro da Amazônia, e não o extrativismo do caboclo.
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