Ajudar ao próximo faz bem à saúde, aponta estudo

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Doações e ações sociais marcam período de Natal. Voluntária explica a importância de manter as boas atitudes durante todo o ano


Crianças correndo na terra, brincando em um largo campo sob o sol, compartilhando risadas e histórias criativas cheias de fantasia. Sem pensar nas dificuldades e na violência que assola a cidade, meninos e meninas de diferentes idades se reúnem para brincar quase todos os dias. Em dias tranquilos, onde os pais se sentem seguros em deixar os filhos interagirem, sem riscos, com a turminha.


O cenário é em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio. O local tem registrado altos índices de criminalidade. Só em setembro, omunicípio teve nova troca de tiros durante os três primeiros dias, mais do que as comunidades Cidade de Deus e Jacarezinho, no Rio. Em agosto foram 57 tiroteios nas localidades. As informações são do aplicativo "Onde Tem Tiroteio".


Algumas datas comemorativas pausam o cenário de medo e abandono que assolam a comunidade e atraem atenção de ações sociais. Dia das Crianças e Natal, por exemplo, movimentam o bairro com presentes e visitantes esporádicos. "Este lugar carece de cuidados não apenas nestes dias. Manter um projeto que beneficia não só as crianças, mas também a família delas é muito gratificante", ressalta a educadora Débora Braga. A ativista atua na região há mais de 30 anos com o projeto 'Canoário Vera Lúcia Braga', que leva o nome de sua mãe, idealizadora da ação.


Além de voltar os olhos ao Brasil, Débora mantem ainda um projeto de assistência na Colômbia. "Entendo que, independente da nacionalidade, idade, cor ou religião, somente a partir da educação permanente será possível resgatar a dignidade humana em comunidades degradadas por inúmeros fatores. Eles precisam de incentivo para ver o mundo com outros olhos. Precisam saber que eles podem se superar e buscar um futuro melhor", enfatiza.


E fazer o bem reflete na boa saúde. Um estudo publicado no periódico BMC Public Health e produzido pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, mostrou que ser voluntário pode melhorar a saúde mental e proporcionar uma vida mais longa. Ao analisar autoavaliações de adeptos da prática, os especialistas concluíram que eles têm índices mais baixos de depressão e níveis altos de satisfação pessoal e bem-estar. Os cientistas pretendem, agora, confirmar se a relação indicada pelos relatórios pode ser sustentada.


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