Aprovação de lei vai garantir melhoria no ensino público

Em Destaque
Por -
0



Com a aprovação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado do projeto de lei (PLC 103/2012) que institui o Plano Nacional de Educação (PNE), avança na Casa a proposta de destinar, em até dez anos, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública. O projeto será analisado agora pela Comissão de Educação e depois segue para votação em plenário.


No período de 10 anos a partir da publicação da lei, segundo o que determina algumas das diretrizes do Plano, o Brasil terá que erradicar o analfabetismo e universalizar o atendimento escolar, garantindo acesso a todos os brasileiros. O poder público também terá que promover a valorização dos profissionais de educação e superar as desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual.

Sobre o investimento público em educação, o texto do PNE determina que os recursos devem ser ampliados progressivamente para atingir, no mínimo, os percentuais de 7% e 10% do PIB no quinto e no décimo anos da vigência da Lei. Essa meta será avaliada no quarto ano de vigência e poderá ser ampliada.

O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB/AM), apoiou a aprovação do texto do relator Vital do Rêgo (PMDB/PB) e disse que o país não pode mais esperar pela definição de metas claras para a melhoria da educação pública.

"Acredito que com a aprovação do PNE, veremos grandes avanços para a educação brasileira e, com isso, poderemos construir o país do futuro baseado em um ensino público de qualidade para todos os brasileiros", disse.

Educação especial
Um dos pontos aprovados no texto da CCJ assegura a continuidade do repasse de recursos para entidades que atendem crianças e adolescentes com deficiência. No texto anterior, o repasse de recursos federais para essas entidades seria finalizado em 2016, mas o relator tirou essa previsão do texto. O PNE, entretanto, determina que ensino de pessoas com deficiência deve ser oferecido preferencialmente em instituição regular de ensino, mas a norma não inviabiliza o trabalho de entidades como a Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apaes).

Veja as 10 diretrizes definidas para a educação nos próximos 10 anos
1 - Erradicação do analfabetismo;
2 - Universalização do atendimento escolar;
3 - Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual;
4 - Melhoria da qualidade da educação;
5 - Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
6- Promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
7 - Promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
8- Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
9 - Valorização dos profissionais da educação;
10-Promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

Educação no Amazonas
Durante a gestão de Eduardo Braga à frente do governo do Amazonas, a educação foi considerada área prioritária. Entre 2003 e 2009, houve forte investimento no setor: mais de 30% do orçamento do estado era direcionado exclusivamente à educação básica e ao ensino superior.
Entre as ações da gestão de Braga, destaca-se a valorização de professores, que passaram por uma formação continuada e tinham, à época, o terceiro melhor salário da categoria no país. Além disso, o governo do estado investiu na educação de tempo integral. Assim, alunos do Amazonas passaram a desenvolver atividades escolares e extraclasse durante o dia todo.

Tais medidas trouxeram bons resultados. O Índice de Desempenho da Educação Básica (IDEB), verificado desde 2005, mostra que a educação do Amazonas melhorou entre 2005 e 2007: nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o AM cresceu 15,4%, o 12º maior crescimento do país nesse índice, já nos anos finais do Ensino Fundamental esse aumento foi de 9,1%, o 6º maior do Brasil. No Ensino Médio, esse mesmo índice foi de 14,3%, o que resultou no 3º maior crescimento do país.

Em uma comparação entre todos os estados do país, apresentada no IDEB de 2009, o bom desempenho foi ainda mais evidente, nos anos iniciais do Fundamental, quando o AM passou de 14º para 10º lugar no ranking. Nos anos finais, foi da 21ª para a 12ª posição. No Ensino Médio, o estado passou da 26ª para a 13ª posição.

O Índice, além de trazer dados comparativos, também apresenta municípios de destaque. No IDEB de 2009, as cidades de Eirunepé, Fonte Boa, Novo Airão, Itacoatira e Manaus tiveram escolas e colégios reconhecidos pela qualidade de ensino.

Escola de tempo integral
Como citado acima, os bons índices conquistados pelo Amazonas no período avaliado, devem-se, principalmente, pelo investimento pelo governo do estado em escolas de tempo integral. Em atenção à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e ao Plano Nacional de Educação, que preveem a ampliação progressiva da carga horária escolar, o governo do estado, na gestão Eduardo Braga, criou mecanismos para oferecer esta modalidade de ensino aos estudantes amazonenses.

A rede estadual de Educação passou a atender 130 mil dos 530 mil estudantes do Amazonas. Além das 15 escolas adaptadas para o tempo integral, o governo desenvolveu também 15 Centros de Ensino de Tempo Integral no Amazonas.

Valorização de professores e servidores
A gestão de Eduardo Braga à frente do governo do Amazonas instituiu o pagamento dos 14º e 15º salários a professores e servidores das escolas que atingirem as metas educacionais. Além disso, as escolas que atingiam uma nota igual ou superior a quatro no IDEB, eram premiadas com R$ 30 mil. Como resultados dessa valorização, os professores do Amazonas passaram a ter o 3º maior salário da categoria no país.

Infraestrutura
Para acompanhar o crescimento da qualidade do ensino, o governo do estado também investiu, entre 2003 e 2009, na infraestrutura e na construção de novas escolas – obras foram realizadas em 90% da rede de ensino. Foram, ao todo, 176 escolas construídas, e 470 ampliadas, reformadas e equipadas. No mesmo período, o governo construiu 64 quadras esportivas e 361 laboratórios de informática.

Postar um comentário

0Comentários

1. O Blog em Destaque reserva-se o direito de não publicar ou apagar acusações insultuosas, mensagens com palavrões, comentários por ele considerados em desacordo com os assuntos tratados no blog, bem como todas as mensagens de SPAM.

Postar um comentário (0)