TRABALHADORES COARIENSES RECLAMAM QUE EMPRESAS LIGADAS À PETROBRAS NÃO ESTÃO CONTRATANDO MÃO DE OBRA LOCAL.

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Segundo dados oficiais da PETROBRÁS a província de Urucu, no município de Coari, é responsável pela terceira maior produção nacional. De lá são retirados diariamente cerca de 11 milhões de metros cúbicos de gás natural e 54 mil barris de óleo e condensado. Esse volume faz do Amazonas o terceiro maior produtor nacional em barris de óleo equivalente, e do município de Coari o maior produtor terrestre de gás natural. Na Base Petrolífera de Urucu também há reservas de gás natural suficientes para abastecer toda a região Norte do país, e outras regiões, como uma das principais fontes de energia elétrica.

Com toda a atividade em Urucu, no Terminal Solimões e no Gasoduto Coari-Manaus seria possível imaginar um quadro de pleno emprego da mão de obra dos coarienses, mas segundo Mario Jorge de Souza, Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Montagem, o quadro é totalmente inverso: “Os coarienses não são contratados pelas empresas terceirizadas, que quando chegam à Coari já vem com mão de obra contratada de outros municípios, principalmente de Manaus”. Os benefícios do gás e do petróleo que poderiam chegar como emprego e renda para os trabalhadores, moradores da sede do município, porém não chegam pelo fato de as empresas que prestam serviço para Petrobras não instalarem escritórios no núcleo urbano de Coari. Cerca de 18 empresas prestam serviço em Urucu, destas nenhuma tem escritório na sede do município. Mario Jorge avalia que muitos empregos diretos poderiam ser gerados para os coarienses devido a quantidade de empresas que prestam serviço para PETROBRAS: “Não tenho dúvidas que pelo menos 4.000 empregos diretos seriam gerados para os coarienses se estas vagas fossem ofertadas em nossa cidade” – afirmou. Ouvido sobre o assunto, Erivaldo Soares dos Santos, de 36 anos de idade já trabalhou em pelo menos 14 empresas ao longo dos seus 18 anos de experiência funcional nos trabalhos relacionados às empresas do setor de exploração do petróleo e gás em Coari. Segundo ele, em tempos anteriores às empresas davam oportunidade aos coarienses, mas atualmente a situação está bem diferente. As empresas que ficam situadas em Urucu ficham direto por Manaus ou Carauari e não dão oportunidade para o povo de Coari. “Dizem que os coarienses não são qualificados” – afirmou Edivaldo – “mas temos mão de obra qualificada. Temos massariqueiros, soldadores, lixadores, encanador industrial. O nosso município tem uma grande massa de trabalhadores qualificados preparados para atuar nesta área”. Erivaldo disse ter conhecimento que há informações de uma obra do IPGN que vai ser realizada no Urucu por empresa chamada POTENCIAL ENGENHARIA e que tal obra teria potencial de empregar pelo menos 2.000 mil pessoas em um turno de 14 horas por 14. “Se esta empresa pegasse pelo menos 60% de mão de obra local seria muito importante, todos sairiam ganhando com isto, era mais emprego dentro da cidade e mais dinheiro que iria circular no município” – concluiu Erivaldo. Recentemente em um discurso na solenidade de posse dos secretários municipais, o prefeito de Coari Adail Pinheiro afirmou ter interesse em conversar com as empresas que prestam serviço para PETROBRAS e TRANSPETRO para abrir o diálogo sobre o tema. “É importante que as empresas gerem emprego e renda em Coari” – afirmou o prefeito que também lembrou que convidará o Presidente da Câmara para participar do diálogo sobre o tema.

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