Governo do Estado promove desenvolvimento sustentável com indígenas de Alvarães‏

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O Governo do Amazonas começou a implantar no município de Alvarães (a 538 quilômetros de Manaus) o programa Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS). O programa é resultado do Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Secretaria de Estado para os Povos Indígenas (Seind), Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idam) e o Banco do Brasil. Inicialmente, foram liberados R$ 34 mil para atividades como produção de castanha, agricultura familiar e piscicultura.
Dezessete famílias indígenas da Aldeia Marajaí (a meia hora de barco de Alvarães) já começaram a receber o benefício. Até o próximo dia 15, mais R$ 40 mil vão ser liberados, beneficiando mais 20 famílias da localidade. De acordo com o Protocolo de Intenções – assinado entre a Seind e o BB, no dia 29 de março deste ano –, as ações propostas pelo banco para o Desenvolvimento Regional Sustentável estão em consonância com as questões estratégicas da secretaria, ligadas à geração de trabalho e renda; à redução das disparidades de rendas regionais e interpessoais; e às mudanças nos padrões de produção e consumo, entre outras.



Para ter direito aos recursos a comunidade fez um projeto com as necessidades (demandas) da aldeia e a encaminhou para a Seind. O cadastro dos produtores foi realizado pelo Idam, com emissão das certidões de aptidão feita junto ao Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf). Em seguida, os documentos foram entregues ao banco que, após uma consulta prévia da situação de crédito dos produtores, providenciou a liberação dos recursos. “Para2011, mais R$ 40 mil vão ser liberados, por comunidade”, destaca o gerente de Produção e Negócios Sustentáveis da Seind, Zuza Cavalcante.

Morador de uma área demarcada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) há 38 anos, o tuxaua indígena Lourival Oliveira, 71, do povo Mayuruna, é um dos beneficiados. Ele trabalha com mandioca, banana e milho, e diz que chega a faturar R$ 800 por mês com a comercialização dos produtos. Um bom motivo para levá-lo a ampliar o negócio, com o dinheiro que será liberado. “Esta é a primeira vez que vamos receber esse tipo de benefício”, comemora. “A aldeia é grande, mas não há aquele movimento todo de comércio, por isso vou seguir os conselhos de amigos e formar uma casa de comércio, que vai facilitar a vida de muita gente”, afirma o tuxaua.

Lourival mora com a esposa e o neto, numa comunidade formada por 866 indígenas, mas tem nove filhos. “Todos vivem e trabalham na aldeia”, ressalta.

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