DO G1: CONFLITO NA TERRA SANTA JÁ MATOU MAIS DE 500

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Tropas de Israel isolam a Cidade de Gaza; conflito já matou mais de 500

Pelo menos 42 palestinos morreram desde a noite de sábado.
Israel admite uma baixa entre homens que ocupam a Faixa de Gaza.

Do G1, com informações de agências

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Ampliar FotoFoto: Editoria de Arte/G1

Mapa indica a localização da Faixa de Gaza. (Foto: Editoria de Arte/G1)

Neste domingo (4) Israel cercou a Cidade de Gaza com tropas terrestres apoiadas por tanques e artilharia. A ofensiva militar iniciada há nove dias já matou pelo menos 500 palestinos.

"O número de mártires chegou a pelo menos 500, entre eles 87 crianças, e o de feridos soma mais de 2.450", disse à AFP o chefe do serviço de emergência de Gaza, o médico Muawiya Hasenein. "O número de mortos poderá ser bem maior, porque há um certo número de mártires e de feridos nas ruas que não pudemos retirar", acrescentou.

 

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 Ao menos 42 palestinos, a maioria civis, foram mortos no domingo quando as tropas israelenses dispararam contra casas e contra o principal distrito comercial, segundo fontes médicas da agência Reuters.

 

Segundo anúncio oficial, um soldado israelense morreu na ofensiva terrestre. A morte aconteceu durante a entrada de tropas da infantaria israelense em território palestino.

 

É a primeira baixa israelense anunciada pelo serviço militar desde o início da operação por terra contra o Hamas na Faixa de Gaza, no sábado à noite. E a notícia vem logo após o governo dizer que muitos soldados não voltariam para casa após o conflito. Mais tarde, o presidente de Israel afirmou que o país não aceitará uma trégua em Gaza neste momento. 

Outros 32 israelenses ficaram feridos durante a ofensiva por terra, segundo Israel. Antes da invasão, quatro civis israelenses haviam morrido em decorrência de ataques com foguetes feitos pelo Hamas contra cidades israelenses.

 

Divisão de Gaza


Tropas de infantaria do Exército de Israel dividiram a Faixa de Gaza em duas zonas separadas neste domingo e cercaram sua maior cidade.

 

O avanço dos soldados teve a cobertura do poder de fogo de tanques, artilharia e aviação. Os militares israelenses já haviam avisado da estratégia de dividir o território, isolando a Cidade de Gaza no norte da área. 

“O objetivo desta operação é destruir a infraestrutura de terror montada pelo Hamas”, afirmou a porta-voz do Exército, Avital Leibovitch, em reportagem publicada no “Haaretz”. “Estamos indo tomar algumas áreas usadas pelo Hamas”, completou.

Veja no vídeo ao lado: saiba por que Israel invadiu a Faixa de Gaza

 

De acordo com testemunhas, cerca de 50 tanques e blindados e unidades de infantaria tomaram posição perto da antiga colônia judaica de Netzarim, 3 km ao sul da cidade de Gaza.  Dezenas de famílias se amontoaram em caminhões e fugiram em direção ao sul.


Por conta dos ataques, Israel convocou 9 mil reservistas para reforçar as tropas que estão próximas das fronteiras com Gaza.

 

Foguetes

 

Desde o fim do cessar-fogo no meio de dezembro, o Hamas lançou mais de uma centena de foguetes em cidades israelenses. Neste domingo, seis pessoas ficaram feridas após 41 foguetes atingirem as cidades de Sderot e Ashdod. 

O Exército israelense comunicou neste domingo que matou um outro líder do grupo extremista, Husam Hamdan, responsável pela infraestruturas dos foguetes Qassam.

  

Ehud Olmert

 

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, negou-se a parar a ofensiva militar em uma série de conversas por telefone e encontros mantidos neste domingo com dirigentes estrangeiros, anunciou sua assessoria. 

Olmert recebeu telefonemas dos presidentes russo, Dimitri Medvedev, e francês, Nicolas Sarkozy. Ele falou ainda com a chefe do governo alemão, Angela Merkel. 

Olmert disse a Medvedev que "Israel não pode interromper suas atividades militares antes de ter conseguido os objetivos fixados", informou a assessoria de imprensa do premiê em comunicado. 

"Esses objetivos podem ser conseguidos tanto com o emprego dos meios militares como através de medidas diplomáticas das quais a comunidade internacional deve se encarregar", acrescentou a nota.

Olmert teria dito a Sarkozy - a quem receberá nesta segunda-feira - que Israel "não busca reocupar a Faixa de Gaza" com suas operações contra o Hamas nesse território.

A Merkel, explicou que Israel tem "o dever de defender seus cidadãos". 

Além disso, o primeiro-ministro israelense se encontrou em Tel Aviv com o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. 

"Israel está determinado a prosseguir com a ofensiva militar até que cessem totalmente os ataques terroristas e que a calma volte ao sul do país", alvo dos disparos de foguetes palestinos, disse Olmert a Bloomberg.

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