O QUE NÓS URBANOS NÃO ESTAMOS VENDO

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Máquinas pesadas em contraste com a natureza bela do Igapó

Domingo participei de uma viagem diferente. Em meio aos trabalhos da Secretaria de Comunicação tenho me dedicado quase que integralmente as informações, notícia e fatos da vida pública, principalmente política e cidadania, atividades compensadoras, pois através destas atividades vamos construindo a história de nosso município. E a viagem de domingo foi diferente pois não fui à trabalho, fui para acompanhar uma atividade religiosa da Igreja Assembléia de Deus, atividade espiritual, da qual sinto muita falta e fiz questão de participar, principalmente por poder acompanhar o pastor Eufrásio Queiróz, coordenador da igreja que foi empossar um novo pastor na comunidade Vale da Bênção, no Paraná do Codajás Mirim.

Saímos da escadaria as 8:30h e após navegarmos pelo Solimões uns 20 minutos, chegamos à Costa do Jussara onde logo entramos no Paraná do Igapó grande. Um pequeno Igarapé onde o deslizador passava lentamente entre as árvores que pareciam estar plantadas na água, tal a quantidade de árvores robustas que surgiam a cada segundo, rompendo a lâmina d'água em direção ao céu azulado da manhã de verão. Durante a viagem vimos de tudo um pouco, Mergulhões, Patos do Mato, Cararás e inclusive uma cobra que atravessou corajosamente á nossa frente o rio.

Floresta rasgada pela clareira do gasoduto.

Sinceramente esperava ver somente a natureza em sua inocência branda e bela, mas para minha surpresa não foi só isso que vi. Vi muitas árvores com seus troncos rasgados pela passagem de balsas rompendo a estreitezas do pequeno paraná, vi balsas com uma imensa quantidade de tubos, e de momento a momento surgiam diante de nós deslizadores, barcos velozes ancorados nas árvores e à margem dos barrancos, e como se nada tivesse visto ainda em mais uma volta que o pequeno e sinuoso rio apresentava vi a terra vermelha rasgada em meio a floresta e uma quantidade de escavadeiras, tratores e máquinas pesadas, rompendo a mata para o gasoduto passar. Eu fiquei surpreso com o que vi, porque na minha urbanidade, sentado a mesa em um escritório, navegando na internet, ou gravando reportagens da cidade, observando sempre o lado urbano da mesma, ver em meio a lentidão da natureza como está sendo efetuado o progressivo construir do duto que vai levar o gás de Coari a Manaus, foi realmente uma surpresa, até porque não estava nos meus planos.

Muitos de nós, que executamos nossas atividades não temos idéia do desenvolvimento desta obra. Penso eu que a Petrobrás, ou os consórcios envolvidos na construção deveriam nos deixar mais informados sobre o andamento da obra dentro dos limites do nosso município: funcionários envolvidos, o método utilizado, a progressão e andamento da obra, e a previsão de conclusão; as próprias empresas deveriam procurar os meios de comunicação e informar a população. Nós munícipes urbanos, com nossas preocupações urbana estamos tão perto, porém tão longe da construção do gasoduto.


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