Mulher tem auxílio emergencial de R$ 600 negado pelo governo por ser 'presidente da República'

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Muitos brasileiros não estão conseguindo o auxílio emergencial de R$ 600 a que tem direito, mas, até então, ninguém teve o pagamento negado por ser presidente da República. Por mais estranho que pareça, a capixaba Adeyula Dias Barbosa Rodrigues, de 31 anos, teve seu pedido recusado e, ao consultar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, encontrou dois empregos em aberto — um deles com o cargo de “presidente da República”, vinculado à Secretaria de Educação do Espírito Santo (Sedu). O caso foi descoberto pelo jornal "A Gazeta", do mesmo estado, por meio do canal de WhatsApp destinado ao contato com seus leitores. A trabalhadora também contou sua história ao EXTRA.

O caso vem ganhando repercussão nas redes sociais, com pessoas perguntando o que ela está fazendo como presidente da República. Mas, na verdade, Adeyula está desempregada desde que foi exonerada do cargo de auxiliar de secretaria escolar da Prefeitura de Vila Velha, em março de 2019. No entanto, este contrato também aparece em aberto em sua Carteira de Trabalho Digital.

A família já enfrenta dificuldades. Seu marido teve o salário reduzido pela MP 936/2020 — que permite a suspensão de contrato de trabalhou ou a redução de jornada e rendimento. O casal tem dois filhos, de 11 e 7 anos. E a trabalhadora está habilitada a pedir o auxílio emergencial.

No entanto, ao fazer a solicitação, aparecia no aplicativo que ela era trabalhadora formal. Portanto, no entendimento do governo federal, Adeyula não teria direito ao pagamento.

— Resolvi fazer minha Carteira de Trabalho Digital para verificar minha situação e descobri que tinha dois contratos em aberto. Em um deles, eu sou "presidente da República". Fiquei indignada e assustada quando vi isso, porque provavelmente esse erro é o que me impossibilita de receber o dinheiro — afirmou.
Como o cargo na Secretaria de Educação do Espírito Santo era público, ela nunca teve o registro na carteira de trabalho física, mas os dados foram informados ao Ministério da Economia. Ela conta que os R$ 600 fariam toda a diferença neste momento:

— O dinheiro está me fazendo falta. O salário reduzido do meu marido mal dá para as despesas básicas, e as contas estão atrasadas. Eu faço faculdade à distância e não estou conseguindo pagar. Preciso muito resolver isso, mas procurei os órgãos e seus Recursos Humanos e não consegui atendimento.

Em nota, a Secretaria de Educação do Espírito Santo informou que o cadastro de seus trabalhadores é mantido no sistema da própria pasta, onde a servidora estava cadastrada na função de "cuidadora". Afirmou ainda que "a equipe se coloca à disposição da servidora para buscar a retificação junto ao Ministério do Trabalho dessa informação”.

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