Parceria para aprofundar relações comerciais e econômicas

Amazonas e Roraima costuram parceria para aprofundar relações comerciais e econômicas

Os governos do Amazonas e de Roraima abriram as conversas para um amplo programa de cooperação. O objetivo é aprofundar as relações comerciais, trocar experiências na gestão administrativa e desenvolver em conjunto alternativas logísticas que ampliem as exportações e facilitem as importações, medida que beneficia diretamente o Polo Industrial de Manaus (PIM). O governador José Melo recebeu nesta quarta-feira, 29 de abril, em Manaus, a governadora de Roraima, Suely Campos, para discutir os primeiros pontos da proposta de parceria.

O encontro, seguido de almoço, foi realizado na sede do Governo do Amazonas, na zona oeste de Manaus, e contou com a presença da equipe econômica dos dois governos, e do ex-governador de Roraima, Neudo Campos, que é esposo da atual governadora. Do governo amazonense, participaram o chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, e os secretários de Fazenda, Afonso Lobo, e de Planejamento, Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Thomaz Nogueira. A pauta envolve a troca de experiências na piscicultura. No futuro acordo, há expectativa em compartilhar com Roraima a expertise adquirida com a implantação do modelo de Nota Fiscal Eletrônica e dos sistemas de folha de pagamento e compras governamentais.

Um dos pontos mais ousados da conversa entre José Melo e Suely Campos é a construção de alternativas logísticas para alavancar o comércio exterior dos dois estados. A proposta é montar uma estrutura para exportação em portos de países vizinhos, como Venezuela e Guiana. O modelo que vai ser analisado é semelhante ao adotado pelo Brasil no Porto de Paranaguá, no Estado do Paraná. O maior porto graneleiro da América Latina é usado também para escoar produtos do Paraguai, através de um acordo bilateral entre os países.

Exportação - Ao criar uma base portuária unindo Amazonas e Roraima no exterior, os governos esperam melhorar as condições de exportação para a Ásia e Europa. No caso do Amazonas, o maior beneficiário seria o setor industrial, que ano passado alcançou a marca de US$ 943,4 milhões com exportações.

A Venezuela, uma das possíveis bases portuárias, é o segundo maior destino das exportações do PIM, ficando atrás apenas da Argentina. Ano passado, foram US$ 191 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Para Roraima, o setor de grãos e a produção agrícola serão os principais favorecidos com o projeto.

No programa de cooperação, Amazonas e Roraima visam também melhorar as relações comerciais. Ligados pela BR 174, os Estados mantém comércio intenso de frutas e arroz, mas acreditam que podem intensificar e diversificar a pauta de produtos.







FOTOS - HERICK PEREIRA / SECOM



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