Plantas medicinais: Fortes aliadas na cura de doenças

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MANAUS - Você já deve ter ouvido histórias de parentes ou amigos mais velhos que em épocas passadas utilizavam as ervas como medicina paliativa, ou até mesmo para tratar doenças mais graves. Quem nunca se sentiu melhor do estômago após um chá de boldo, ou sentiu-se mais calmo com um chá de camomila? Todas as receitas eram, e são, uma forma de medicina, a caseira.

Mesmo com a grande quantidade de médicos especializados para cada área da saúde sempre houve a famosa medicina caseira, com técnicas rústicas utilizadas pelas matriarcas de cada família.

Nos dias de hoje é muito comum falar sobre tratamentos para combater doenças com plantas medicinais, e na importância que elas exercem na vida das pessoas. O que poucos talvez conheçam é que através de pesquisadores foi possível certificar os altos níveis de princípios ativos encontrados na composição das ervas medicinais dentro da Amazônia.

No que diz respeito para educação ambiental e científica dentro das escolas, o Programa Ciência na Escola (PCE), programa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisas do Estado do Amazonas (Fapeam), auxilia projetos que incentivam pesquisas na área biológica e estimulam jovens cientistas a trilhar caminhos brilhantes dentro da pesquisa.

De acordo com o coordenador do projeto 'Plantas e Ervas Medicinais no Ramal do Brasileirinho', Raimundo Nonato, os alunos começaram a criar interesse pelo tema influenciados por seus pais e avós que sempre utilizaram ervas como remédios.

"Nós trabalhamos o projeto em nossa escola juntamente com a comunidade. Os moradores daqui sempre utilizam ervas medicinais contra doenças em seu cotidiano. Realizamos pesquisas de campo, históricas, visitas aos sítios de moradores, plantações de mudas nos canteiros da escola, exposições e depoimentos do poder das plantas pelos próprios moradores e sentimos felizes em difundir estes conhecimentos para outras pessoas que não tinham conhecimento", avalia o coordenador.

Dentro deste incentivo em poder auxiliar os jovens cientistas para difusão da pesquisa científica no ambiente escolar o projeto 'Herbário de Plantas Medicinais – Educação Ambiental, Preservação e Valorização', sob coordenação da professora Janice de Castro, as ervas podem oferecer diversos benefícios para a sociedade.

"Estamos trabalhando pela quarta vez consecutiva sobre plantas medicinais e cada vez mais fascinados com a infinidade de riquezas que as plantas têm para nos oferecer, sempre nos deparamos com o desconhecido e sentimos necessidade de nos inovar junto com a ciência constantemente, antes de irmos para prática realizamos pesquisas teóricas aprofundadas e depois nossa pratica se torna possível com ajuda da comunidade, conversamos com as famílias dos alunos, parteiras, pessoas que trabalham com ervas, assim os alunos absorvem conhecimentos importantes para iniciação profissional, relacionados à biodiversidade, biopirataria, preservação ambiental e demais assuntos que lhes possam incentivar nesta carreira, acredito que daqui saíram excelentes cientistas e pesquisadores" explica a coordenadora que trabalha no município Itacoatiara.

Ficou claro que a cultura de utilizar plantas medicinais como remédios na região Norte estabeleceu-se como uma identidade cultural e histórica. Ao longo do tempo, os povos indígenas passaram seus costumes e formas de aliviar as enfermidades com as ervas amazônicas para os ribeirinhos, pesquisadores e farmacologistas. Estes conseguiram através de pesquisas e experimentos extrair os princípios ativos necessários para cada pessoa enferma e estabelecer a dosagem correta para cada tipo de doença. Entretanto, assim como toda família tem um kit de primeiros socorros ou caixinha de remédios em casa, ribeirinhos e indígenas também têm seus canteiros e hortas com suas ervas medicinais.


Thiago Eduardo/PCE





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