Governo do Estado amplia Telessaúde para todos os municípios

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O Governo do Amazonas acaba de dar mais um passo para ampliar o acesso à saúde no interior do Estado. Ao garantir a instalação de antenas de transmissão via satélite nos 61 municípios do interior do Estado, o governo estende o atendimento por meio do programa de Telessaúde para todo o Amazonas. O programa permite a realização de consultas médicas especializadas, de exames e capacitação profissional, sem que o cidadão que mora no interior precise se deslocar até a capital.


O programa de Telessaúde começou em 2008 com 15 municípios. Somente neste ano foram instaladas mais 42 novas antenas com investimentos de cerca de R$ 3 milhões, numa parceria entre o Governo do Estado e Ministério da Saúde. O equipamento permite a transmissão de dados, de imagens e de voz entre as unidades de saúde nos municípios e o núcleo do Polo de Telemedicina da Amazônia, que funciona no Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM), zona norte. Por meio desse sistema já foi possível a realização de mais de 134,5 mil exames de eletrocardiogramas, e 580 teleconsultas nas mais diversas especialidades médicas.

"Temos dificuldade de contratar especialistas no interior, pois não há profissionais suficientes e dispostos a trabalhar fora da capital. Por isso, a Telessaúde acaba sendo uma alternativa para vencermos as distâncias e fazer com que o cidadão que mora numa cidade distante possa se consultar com um médico especializado", observa o governador Omar Aziz.


Além de garantir que todos os municípios tenham Telessaúde, o Governo do Estado está ampliando de 16 para 30 o número de especialidades médicas ofertadas pelo sistema. De acordo com o diretor geral do HUFM, Pedro Elias de Souza, entre as especialidades oferecidas em 2012 estão cardiologia, cardiopediatria, ginecologia/mastologia, pneumologia, endocrinologia com enfoque no tratamento do diabetes, odontologia, patologia clínica, além do programa de identificação das principais causas da cegueira em diabéticos e idosos, projeto que tem parceria com o programa de Telessaúde de Goiás.

Formação e capacitação - Na Teleducação estão previstos para este ano cursos de cardiologia clínica aplicada a Telessaúde, cursos básicos de urgência em cardiologia, de cuidados e tratamentos com o pé diabético, de prevenção e tratamento de úlceras por pressão, curso multiprofissional do Serviço de Atendimento a Vítimas de Abuso Sexual (Savas) e formação de multiplicadores na prevenção de doenças cardiovasculares em adolescentes.

Também serão realizadas palestras sobre atendimento odontológico ao paciente cardiopata, sobre câncer bucal, prevenção ao câncer de mama, prevenção ao câncer uterino, planejamento familiar, morte súbita, asma, pneumonia, tabagismo, cardiopatia chagástica, doenças relacionadas à saúde do trabalhador, prevenção e combate a hipertensão arterial, entre outros.

Ainda através do sistema, nos próximos meses será possível a transmissão em tempo real de outros exames, além do eletrocardiograma, como mamografia e raio-X, direto para  a central de laudos no HUFM. O próximo passo que vai ampliar o leque de exames de imagens é a implantação de um sistema de digitalização nas unidades do interior, que já está sendo providenciado pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam).


Alta tecnologia - Segundo o secretário da Susam, Wilson Alecrim, o sistema de Telessaúde do Amazonas funciona com tecnologia de comunicação satelital semelhante ao que as emissoras de televisão utilizam para enviar seus sinais em tempo real e com perfeição. "A tecnologia possui canais de voz, de dados e de imagem, que permitem marcar exames, cirurgias e consultas especializadas em Manaus, isso tudo em tempo real, substituindo o sistema que é utilizado hoje, por meio de fax, telefone e e-mail".

Por meio da tecnologia, o clínico geral, que atende o paciente numa unidade básica de saúde do interior entra em contato com especialistas da capital em tempo real, permitindo uma avaliação mais precisa do paciente. Os exames também podem ser compartilhados entre os profissionais para garantir o diagnóstico e uma segunda opinião médica.

Por meio do canal de voz, os gestores podem comunicar-se diretamente com o secretário de Saúde ou com o secretário adjunto do interior, com a central de laudos, com a Central de Medicamentos (Cema), com o complexo regulador de consultas na capital.
 
CRÉDITO DAS FOTOS: ROBERTO CARLOS/AGECOM




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