Depois de uma semana que tive tempo de mostrar algumas fotos que fiz na comunidade São Francisco do Jacaré, e narrar o que está acontecendo lá. A comunidade está sendo assistida pelo projeto Multirão das Águas, que com o apoio da PETROBRAS e da prefeitura de Coari está mostrando que mesmo uma comunidade, distante dos grandes centros pode está conectada ao mundo através da internet. A foto a cima mostra como é a comunidade, que fica localizada as margens do Lago do Mamiá, no município de Coari. Quem quiser chegar a comunidade, saindo de Coari pelo Rio Solimões, vai gastar cerca de 4 horas para chegar na comunidade em um barco veloz. Se for pela Estrada Coari-Itapéua é uma hora de carro, pegando o barco no Guarabira dentro de mais uma hora estará na comunidade.
Uma construção de madeira, lembrando um grande chapeu de palha foi construíndo em uma outra área da comunidade para funcionar como um centro cultural. Na verdade, observei a estrutura interna da construção e ela é feita de tal forma que dá para atender reuniões para discutir assuntos de interesse da comunidade, palestras, cursos e outras necessidades coletivas. Um pouco atrás foi construída uma cozinha e refeitório. Mas uma outra construção me chamou a atenção, é o local onde está funcionando o centro de inclusão digital.
A comunidade recebeu 10 computadores, que vão permitir aos comunitários a Inclusão Digital. Alguns destes computadores são notebooks. Algo totamente novo para os comunitários, tão próximos e acessíveis e que pelo projeto, irão atender todas as comunidades do Lago do Mamiá, ou seja, qualquer comunitário que quiser acessar a intenet é só se deslocar em sua canoa para a comunidade São Francisco do Jacaré e vai encontrar lá as ferramentas necessárias para isso.
A prefeitura de Coari também marca presença na comunidade, com uma bonita escola (a da foto acima), a iluminação elétrica e o abastecimento de água encanada. Na verdade, as principais comunidades do lago contam com a estrutura de escolas como esta da foto.
O sistema de intenet é captado por antena parabólica e sustentado com o fornecimento de energia elétrica de um motor de luz e também conta com um no-break para eventuais problemas. Uma iniciativa que vale a pena, uma vez que os moradores da comunidades rurais enfrentam muitas dificuldades. Mas não basta entregar estes equipamentos e deixar a comunidade esquecida, é preciso treinar, acompanhar e desenvolver outros projetos que mantenham acessa a chama da busca do conhecimento e da informação para que novos saberes sejam construídos.
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