Emerson Quaresma
Especial para A CRÍTICA
O presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AMM), Anderson Souza, solicitou, ontem, na Assembléia Legislativa do Estado (ALE), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) abra a "caixa preta" do levantamento preliminar do Censo 2007 divulgado pelo órgão, no dia 31 de agosto. De acordo com Anderson, a idéia é que os prefeitos que se sentiram prejudicados pelo IBGE tracem um comparativo dos setores recenseados pelo instituto, com os dados sociais das prefeituras.
"O IBGE tem feito um trabalho completo, com meios tecnológicos, mas com os dados que temos acreditamos que alguns recenseadores não foram a determinadas localidades e com isso gerou a divergência", acredita Anderson, que também é prefeito de Rio Preto da Eva (a 88 quilômetros de Manaus).
O município não está entre aqueles que perderam população, mas Anderson alega que houve erro na contagem. Segundo ele, no setor 11, por exemplo, o recenseador do IBGE identificou 11 residências, contudo, os dados do levantamento de combate à malária e do programa de Médico da Família mostram que no mesmo setor existem 78 residências. O prefeito deu entrada no IBGE com pedido de revisão da contagem.
O prefeito do Município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), Nonato Lopes (PSL), disse que se reuniu, há uma semana, com a comissão censitária do município, quando definiram que a ata do levantamento do Censo no município será encaminhada ao IBGE com material anexo informando o número de pessoas que não foram recenseadas.
Nonato Lopes, que também é vice-presidente da AAM, disse que aproximadamente 10 mil moradores de Iranduba não foram recenseados. Essa afirmação é possível, segundo ele, a partir de levantamento feito pela prefeitura, com a ajuda de 118 agentes de saúde do município. O resultado preliminar do Censo 2007 mostrou que Iranduba tem 30.229 mil habitantes, um decréscimo de 2.074 habitantes com relação ao Censo de 2000. De acordo com estimativa de 2006, o município tinha 42.812 habitantes.
O chefe Regional do IBGE, Carlos Alberto Simonaio, apesar de não admitir erros no levantamento dos dados do Censo 2007, disse que o instituto está fazendo supervisão com a finalidade de corrigir as falhas de cobertura do Censo em 14 municípios que solicitaram a ação.
O trabalho que iniciou, segundo ele, no início de setembro, deve seguir até o dia 24. A partir de então, o órgão abre novo prazo de 20 dias para eventuais pedidos de revisão e no dia 30 de outubro será divulgado o resultado definitivo do Censo. "Temos que estar conscientes que muitas das estimativas de população que se esperava conseguir não vão se concretizar. Não diria que houve erro. Pode ter tido alguma omissão em 2000 ou agora. A de agora, temos como corrigir porque tem tempo para isso, mas o erro de 2000 não tem como corrigir", enfatizou Simonaio.
O chefe do IBGE disse que o órgão está fazendo supervisão na contagem dos municípios "sem se preocupar com o resultado que ela vai dar". "Estamos fazendo um trabalho técnico. Todo trabalho de supervisão é um trabalho normal do instituto. Agora, se o resultado do trabalho não atende à vontade do deputado ou do prefeito, nós não podemos pensar nisso", observou.
Especial para A CRÍTICA
O presidente da Associação Amazonense dos Municípios (AMM), Anderson Souza, solicitou, ontem, na Assembléia Legislativa do Estado (ALE), que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) abra a "caixa preta" do levantamento preliminar do Censo 2007 divulgado pelo órgão, no dia 31 de agosto. De acordo com Anderson, a idéia é que os prefeitos que se sentiram prejudicados pelo IBGE tracem um comparativo dos setores recenseados pelo instituto, com os dados sociais das prefeituras.
"O IBGE tem feito um trabalho completo, com meios tecnológicos, mas com os dados que temos acreditamos que alguns recenseadores não foram a determinadas localidades e com isso gerou a divergência", acredita Anderson, que também é prefeito de Rio Preto da Eva (a 88 quilômetros de Manaus).
O município não está entre aqueles que perderam população, mas Anderson alega que houve erro na contagem. Segundo ele, no setor 11, por exemplo, o recenseador do IBGE identificou 11 residências, contudo, os dados do levantamento de combate à malária e do programa de Médico da Família mostram que no mesmo setor existem 78 residências. O prefeito deu entrada no IBGE com pedido de revisão da contagem.
O prefeito do Município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), Nonato Lopes (PSL), disse que se reuniu, há uma semana, com a comissão censitária do município, quando definiram que a ata do levantamento do Censo no município será encaminhada ao IBGE com material anexo informando o número de pessoas que não foram recenseadas.
Nonato Lopes, que também é vice-presidente da AAM, disse que aproximadamente 10 mil moradores de Iranduba não foram recenseados. Essa afirmação é possível, segundo ele, a partir de levantamento feito pela prefeitura, com a ajuda de 118 agentes de saúde do município. O resultado preliminar do Censo 2007 mostrou que Iranduba tem 30.229 mil habitantes, um decréscimo de 2.074 habitantes com relação ao Censo de 2000. De acordo com estimativa de 2006, o município tinha 42.812 habitantes.
O chefe Regional do IBGE, Carlos Alberto Simonaio, apesar de não admitir erros no levantamento dos dados do Censo 2007, disse que o instituto está fazendo supervisão com a finalidade de corrigir as falhas de cobertura do Censo em 14 municípios que solicitaram a ação.
O trabalho que iniciou, segundo ele, no início de setembro, deve seguir até o dia 24. A partir de então, o órgão abre novo prazo de 20 dias para eventuais pedidos de revisão e no dia 30 de outubro será divulgado o resultado definitivo do Censo. "Temos que estar conscientes que muitas das estimativas de população que se esperava conseguir não vão se concretizar. Não diria que houve erro. Pode ter tido alguma omissão em 2000 ou agora. A de agora, temos como corrigir porque tem tempo para isso, mas o erro de 2000 não tem como corrigir", enfatizou Simonaio.
O chefe do IBGE disse que o órgão está fazendo supervisão na contagem dos municípios "sem se preocupar com o resultado que ela vai dar". "Estamos fazendo um trabalho técnico. Todo trabalho de supervisão é um trabalho normal do instituto. Agora, se o resultado do trabalho não atende à vontade do deputado ou do prefeito, nós não podemos pensar nisso", observou.
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