Posse de Cristiane Brasil terá presença apenas de Temer e Padilha

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A posse de Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho ocorre às 9h desta segunda-feira (22/1), no gabinete do presidente da República, Michel Temer, apenas com a presença dos dois e do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Segundo informações da própria deputada, a solenidade vai ser rápida — especialmente por causa da viagem de Temer, no mesmo dia — e sem festa. "Uma ocasião muito respeitosa, mas discreta e fechada. Quem quiser vê-la, vai até o ministério para dar um abraço. Mas não vai ter convite", confirmou o pai de Cristiane, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. A nova ministra, que está de férias no Rio de Janeiro, chega no domingo a Brasília.


Jefferson não vai à posse da filha por causa de um "compromisso importante que não dá para mexer". O deputado cassado, entretanto, declarou-se "imensamente feliz com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reverteu uma liminar que impedia a posse. "Vejo (a liberação da posse) com serenidade. O ativismo político foi retirado de cena pela determinação judicial. É sempre confortável assistir às questões que, como essa, cortejam a constitucionalidade e deixam o jogo de lado. Reverencio Deus por ter inspirado o magistrado responsável pela sentença", afirmou ao Correio.


De acordo com o ex-parlamentar, a ministra "está feliz, tem boas ideias e vai trabalhar muito". Ele afirmou que ela "é uma grande gestora, e que já mostrou isso em três gestões enquanto secretária de diferentes governos no Rio de Janeiro. Você vai tomar um susto com ela trabalhando. Ela é workaholic. Para desligar, só tirando a pilha", complementou Jefferson.

Ainda não há informações sobre os primeiros projetos de Cristiane Brasil como chefe do Ministério do Trabalho, mas, segundo assessores da pasta, há uma grande expectativa em torno dos antigos projetos que não podem ser interrompidos.

Vitória do governo no STJ

Na manhã deste sábado, representantes da Advocacia-Geral da União (AGU) comunicaram à cúpula do governo de Michel Temer que sua equipe conseguiu reverter o impasse jurídico que impedia a posse da deputada para ser ministra do Trabalho. Antes disso, a Justiça Federal do Rio de Janeiro, colégio eleitoral da parlamentar, havia negado três recursos apresentados pelo governo.


Temer estava em uma reunião no Palácio da Alvorada com a ministra Grace Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU); o ministro da Justiça, Torquato Jardim; e o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Segundo o Palácio do Planalto, a reunião também tratou de outros assuntos de natureza jurídica. A AGU comunicou que foram discutidas estratégias para enfrentar os próximos desafios que o governo terá pela frente, principalmente concessões. O encontro terminou por volta de 14h30. Também estavam o subsecretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha; e o desembargador Hercules Fajoses, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

 Reforma ministerial 

Na saída da reunião, Ribeiro comentou a provável saída do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, do cargo. O chefe da pasta, que também é do PP, já deu declarações que vai se candidatar. "Teremos uma reforma ministerial que será tratada com toda a base. Será tratado no momento oportuno", afirmou o líder. "Não só ele (Ricardo Barros), mas vários ministros se afastarão, todos sabem. E este é o momento de aperfeiçoamento dessa boa relação que o ministro tem com sua base", completou.

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