Jacquin: “Nunca mais assino uma carteira de trabalho”

Em Destaque
Por -
0

















Em entrevista publicada nesta semana na seção das Páginas Amarelas de VEJA, o chef francês Erick Jacquin fala sobre as dificuldades que enfrentou na carreira após a falência de seu restaurante em São Paulo e sobre sua reinvenção como jurado do programa MasterChef Brasil – que na semana atingiu seu recorde de audiência na atual temporada, com 7 pontos no ibope, e garantiu a liderança da televisão aberta para a Band ao longo de parte de seu episódio semanal. “A falência foi o grande problema da minha vida, mas consegui virar a página: fechei meu restaurante e estou pagando tudo o que devo. Não tenho vergonha nenhuma. Hoje, sinto minha cabeça leve a esse respeito. Respondi a muitos processos trabalhistas, mas, graças a Deus, o sufoco já está acabando”, diz Jacquin. Ele também ataca a legislação trabalhista no Brasil, apontando-a como a grande vilã para empreendedores com seu perfil. “A legislação trabalhista no Brasil é a maior vergonha do mundo. Há muita gente querendo empregar, mas ninguém quer se arriscar. Nunca mais vou assinar uma carteira de trabalho”, afirma Jacquin.



Na entrevista, o chef também fala sobre a razão de existirem tantos egos inflados na sua profissão. “Quem inventou a comida foi Deus, mas quem inventou o cozinheiro foi o diabo. Os chefs são capetas metidos e pretensiosos. Mas a culpa é dos críticos gastronômicos, que dizem que o sujeito faz uma comida divina e publicam uma foto dele todo bonitão. Elogios sobem à cabeça”, afirma, frisando que hoje faz um mea culpa e procura ser humilde como jurado do MasterChef. “Virei um docinho de coco”. Ele comenta, ainda, a controvérsia sobre machismo na penúltima edição do programa. Disse que houve exagero na acusação e que a verdade é que não há espaço para cortesia com ninguém na cozinha. “Não há sexo dentro da cozinha. Há cozinheiro. A polêmica foi exagerada. E vou esclarecer uma coisa: dentro de uma cozinha, não temos tempo de falar ‘por favor, querida’. É ‘vá lá pegar o sal, pô!’. Não há tempo para ser carinhoso.“ Jacquin opina, por fim, que o típico prato de arroz, feijão e farofa consumido pelos brasileiros é coisa de país pobre. “Todos os países onde as pessoas comem farinha, arroz e feijão tinham ou têm problema de gente passando fome. É coisa da Índia, da China, do Brasil. O cara enche a barriga, a fome passa”.

Para ler a entrevista na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.
Tags:

Postar um comentário

0Comentários

1. O Blog em Destaque reserva-se o direito de não publicar ou apagar acusações insultuosas, mensagens com palavrões, comentários por ele considerados em desacordo com os assuntos tratados no blog, bem como todas as mensagens de SPAM.

Postar um comentário (0)