Advogados de Léo Pinheiro pedem a Moro que Lula não grave depoimento


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    JOSÉ MARQUES
    DE CURITIBA

    05/05/2017 20h32

    Danilo Verpa - 05.set.2016/Folhapress
    SAO PAULO - SP - 05.09.2016 - Leo Pinheiro (OAS) chega a sede da PF por conducao coercitiva (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, PODER) ORG XMIT: LAVA-JATO
    Léo Pinheiro, sócio da OAS, chega à sede da Polícia Federal em São Paulo para prestar depoimento
    Os advogados de Léo Pinheiro, sócio da OAS, querem que o juiz Sergio Moro não permita que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva grave a audiência do próximo dia 10, em Curitiba.
    Tanto Lula como Léo Pinheiro são réus em ação criminal que tramita na Lava Jato sobre o tríplex no Guarujá (SP). O empresário, que negocia delação premiada, depôs a Moro no último dia 20.
    Em petição protocolada na noite desta sexta (5), os advogados José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall'Acqua afirmam que "não concordam com a realização da gravação não oficial do interrogatório do corréu".
    "Nunca é demais reforçar que o princípio na publicidade não autoriza a livre gravação da imagem das partes relacionadas ao processo, de seus representantes legais e de quaisquer outras pessoas que estejam presentes durante a realização dos atos processuais em audiência", justificaram.
    Segundo eles, caso a defesa de Lula filme toda a sala de audiência no dia do depoimento, "certamente causará a exposição desnecessária da imagem de todos os presentes no ato, para muito além dos limites do processo e ainda gerando transtornos indesejados tanto à realização da audiência, quanto ao andamento do processo em si".
    O pedido de Lula também foi rebatido pelo Ministério Público Federal, conforme informou a colunista Mônica Bergamo, da Folha.
    Os advogados do ex-presidente pediram para fazer o seu próprio registro do depoimento porque consideram que a câmera centrada na pessoa que depõe propaga "uma imagem distorcida dos sucessos verificados na audiência, impedindo que sejam avaliadas a postura do juiz, do órgão acusador, dos advogados e de outros agentes envolvidos no ato".
    Foi solicitado a Moro que o fotógrafo do Instituto Lula, Ricardo Stuckert, fizesse as gravações.
    No entanto, a defesa de Pinheiro considera que a gravação oficial focada na pessoa que presta depoimento "não é indicativo de prejuízo ao réu", "assegura a precisão do registro" e "visa garantir a maior fidelidade possível da prova".
    "O mesmo procedimento, ressalte-se, é adotado para depoimentos prestados por testemunhas e ofendidos, não havendo qualquer diferenciação quando se trata de depoimento prestado por acusados", dizem Lima e Dall'Acqua na petição.
    O juiz Sergio Moro ainda não respondeu aos pedidos.
    PROCESSO
    Lula será ouvido no processo em que é réu sob acusação de ter recebido vantagens indevidas da empreiteira OAS, entre elas um tríplex em Guarujá, no litoral de São Paulo.
    Em depoimento, Léo Pinheiro disse a Moro que o apartamento é de Lula.
    A defesa do ex-presidente nega que o tríplex seja dele e afirma que a fala de Pinheiro é uma "versão negociada para agradar" procuradores e destravar seu acordo de delação premiada.




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