Manaus recebe a vigésima edição do Festival Amazonas de Ópera

"Tannhäuser" e "Onde vivem os monstros" são produções de destaque da nova edição do festival, a primeira a ser realizada inteiramente com recursos da iniciativa privada

 

A partir do dia 7 de maio, às 19h, o Teatro Amazonas, que completou 120 anos em 2016, abre suas portas para a edição de número 20 do Festival Amazonas de Ópera (FAO), famoso por ter trazido, em suas edições, montagens de óperas mundialmente aclamadas, como Carmen, de Georges Bizet; Yerma, de Heitor Villa-Lobos; Os Troianos, de Hector Berlioz; e a montagem original em francês de Medée, de Luigi Cherubini; além da tetralogia completa de O Anel do Nibelungo, de Richard Wagner, seu maior destaque.

O Festival é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e do Fundo de Promoção Social, com o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). A edição deste ano é a primeira a ser realizada inteiramente com recursos da iniciativa privada, contando com o patrocínio máster do Bradesco Prime e o patrocínio da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e da Ambev, além de parceria com o Theatro São Pedro, de São Paulo.

Com 22 apresentações que incluem récitas de óperas, concertos e recitais, além de uma rica programação acadêmica com palestras e workshops, o Festival deste ano ainda conta com uma equipe de produção que envolve quase 800 pessoas, entre instrumentistas, cantores e técnicos, locais e nacionais, trazendo óperas inéditas para o deleite do público amazonense.

O governador do Amazonas, José Melo, destaca que a realização da vigésima edição do FAO é um avanço para a esfera cultural do Estado. "Nós passamos por diversas dificuldades, mas não deixamos a peteca cair, e hoje, apresentamos com orgulho mais uma edição do Festival, que como em anos anteriores, continuará a gerar emprego e renda para todos os envolvidos na sua produção", afirma.

Para o secretário de Estado de Cultura, Robério Braga, realizar mais uma edição do Festival traz a sensação de um dever cumprido. "Esse evento, esse festival, mostra que os nossos sonhos se tornaram realidade. Ele é fruto do ideal de muitas pessoas que, durante 20 anos, sonharam e produziram ele com todo o amor, tornando-o, como é hoje, patrimônio da alma dos amazonenses", ressalta.

Abertura e programação

         A abertura oficial do Festival acontece no dia 7 de maio de 2017, com o Concerto Bradesco I, comemorativo aos 20 anos do FAO. Sob a regência e direção musical de Luiz Fernando Malheiro, diretor artístico do evento, a Amazonas Filarmônica e o Coral do Amazonas, com a participação do tenor Thiago Arancam e da soprano Dhijana Nobre, apresentam trechos de óperas já encenadas no Festival Amazonas de Ópera, como O Guarani Tosca, de Carlos Gomes;Sansão e Dalila, de Camille Saint-Saëns; Cavalleria Rusticana, de Pietro Mascagni; e Turandot, de Giacomo Puccini.

O concerto também traz peças mundialmente aclamadas, como Granada, de Agustín Lara;El Día Que Me Quieras, de Carlos Gardel; My Way, de Jacques Revaux e Paul Anka, eternizada na voz de Frank Sinatra; e All I Ask Of You, do musical O Fantasma da Ópera, de Andrew Lloyd Webber.

         Um dos pontos altos do FAO será a montagem da ópera Tannhäuser, de Richard Wagner, que será apresentada nos dias 14, 17 e 20 de maio. A ópera em três atos contará com a participação da Amazonas Filarmônica, do Balé Experimental do Corpo de Dança do Amazonas, do Corpo de Dança do Amazonas, do Grupo Vocal do Coral do Amazonas e do Coral do Amazonas, e traz entre seus principais solistas os tenores Juremir Vieira e Enrique Bravo, os barítonos Homero Velho e Arthur Canguçu, a soprano Daniella Carvalho e o sopranista Bruno de Sá.

         Outro destaque do evento será a apresentação do salmo sinfônico O Rei Davi, de Arthur Honegger, no Concerto Bradesco III, que acontece nos dias 18 e 21 de maio. A direção musical do espetáculo é do maestro Otávio Simões, com solos de Dhijana Nobre, Luisa Francesconi, Juremir Vieira. A soprano Isabelle Sabrié interpretará a Pitonisa e Homero Velho será o narrador da obra, que é dividida em três partes. A apresentação ainda traz a participação da Amazonas Festival Orchestra, formada por músicos da Amazonas Filarmônica e da Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica.

         A novidade deste ano é a ópera-fantasia Onde Vivem os Monstros, de Oliver Knussen, espetáculo concebido especialmente para as crianças, com produção do Theatro São Pedro, de São Paulo. A apresentação, que acontecerá nos dias 27 e 28 de maio e 3 e 4 de junho, tem direção musical e regência assinadas pelo maestro Marcelo de Jesus, regente adjunto da Amazonas Filarmônica, e pelo maestro Pedro Messias, do Theatro São Pedro.

Dentro do Festival, a Orquestra de Violões do Amazonas, sob a direção musical e regência do seu maestro, Davi Nunes, realiza o já tradicional Concerto do Dia das Mães, que a cada edição é sucesso de público. A apresentação desta edição acontece no Teatro Amazonas, no dia 14 de maio.

O Festival ainda contará com os Recitais Ambev, com apresentações de artistas da casa, como Amanda Aparício, Hugo Pinheiro, Giovanny Conte, Margarita Chtereva, Hilo Carriel, e convidados especiais, como Homero Velho, Pedro Panilha, Isabelle Sabrié e Daniella Carvalho. O FAO ainda recebe dois recitais especiais, com os alunos de Canto dos professores Juremir Vieira e Natalia Sakouro.

Parceria com a UEA

         Sucesso na edição de 2016 do Festival, o projeto Ópera Studio, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), retorna mais uma vez ao FAO. A ópera deste ano é Don Pasquale, de Gaetano Donizetti, e traz como solistas alunos dos cursos de Música da Universidade. A direção é dos professores Fabiano Cardoso, Duany Parpinelli e João Fernandes, e a música, ao piano, é da professora Irina Kazak.

Programação acadêmica

         Neste ano, o Festival Amazonas de Ópera traz uma rica programação acadêmica, que inicia no dia 8 de maio com a palestra 20 Anos do Festival Amazonas de Ópera, dirigida pelo secretário de Estado de Cultura, Robério Braga, no Centro Cultural Palácio da Justiça. O Palácio também recebe dois workshops: A Voz na Canção Erudita, com Homero Velho e Pedro Panilha, no dia 11 de maio; e Técnica Vocal – Ópera e Musicais, com Luisa Francesconi e Pedro Panilha, no dia 17 de maio.

         A Central Técnica de Produção "Marcos Apolo Muniz" também recebe o workshopCenografia e Figurinos, dentro da programação acadêmica, no dia 24 de maio. O evento será conduzido pela cenógrafa Giorgia Massetani, que assina, no Festival Amazonas de Ópera, a direção cênica de Onde Vivem os Monstros e Tannhäuser.

Ingressos

Os ingressos para o XX Festival Amazonas de Ópera, que já podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Amazonas e no site www.bestseat.com.br, estão com preços bem acessíveis em relação aos últimos festivais, com apresentações gratuitas e pagas, com valores que variam entre R$ 2,50, meia entrada, e R$ 60, inteira.

História

Vinte anos se passaram desde que, numa iniciativa conjunta entre a Secretaria de Cultura e o violinista Michael Jelden, o Teatro Amazonas abriu as portas para o concerto inaugural do I Festival de Manaus. O evento abriu um novo capítulo na história do Amazonas. De lá para cá, muitas coisas mudaram: o Estado avançou na formação cultural, ganhou corpos artísticos, incentivou o seu crescimento e criou uma relação de amor com a ópera.

Essa relação amadureceu e criou frutos, incentivando a criação de mão-de-obra cultural para a realização anual do Festival, como o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro. No Liceu, formam-se cantores, instrumentistas e bailarinos que, ano após ano, engrossam as fileiras dos Corpos Artísticos do Amazonas. O Liceu também prepara artistas plásticos que auxiliam na equipe técnica do Festival, dentro da Central Técnica de Produção do Amazonas.

Em 20 anos, o Festival também trouxe ao seu principal palco, o Teatro Amazonas, nomes recorrentes na música mundial, como a soprano Carmen Monarcha, que atuou na ópera Ça Ira, em 2008; Eiko Senda, que participou das óperas O Navio Fantasma, de Richard Wagner, no XI Festival, e Turandot, de Giacomo Puccini, no XII Festival; e o compositor Roger Waters, da banda inglesa Pink Floyd, compositor da ópera Ça Ira, apresentada no XII Festival, em 2008.

Nomes de peso do cenário musical nacional também já participaram das edições do Festival Amazonas de Ópera, como a soprano Gabriella Pace, que atuou na tetralogia de O Anel do Nibelungo, de Richard Wagner, no IX Festival, em 2005, e em Otello, de Gioacchino Rossini, no X Festival, em 2006; e o barítono Leonardo Neiva, que participou de Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk, de Dmitri Shostakovich, e Poranduba, de Edmundo Villani-Côrtes, na 11ª edição, em 2007.

Sobre o Bradesco Cultura

Com mais de 350 projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. O Banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do país, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte.

Com apoio a eventos regionais,  museus, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros, a instituição possui, ainda, uma plataforma de naming rights com o Teatro Bradesco, que conta com unidades em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A temporada cultural de 2017 inicia com o patrocínio para exposições que narram a trajetória da artista Anita Malfatti e do executivo Steve Jobs.

 



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