'Diversidade cultural e combate ao racismo' marcam as discussões do Mês da Consciência Negra nas escolas públicas estaduais

Com o tema “Racismo e preconceito na sociedade brasileira”, a Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) por meio de seu Departamento de Políticas e Programas Educacionais e da Gerência de Atendimento Educacional à Diversidade, deu início nesta semana, às atividades voltadas para o Mês da Consciência Negra, cuja data é comemorada nacionalmente no dia 20 de novembro. 

Como parte da programação, as escolas estaduais Vicente Schettini (Nossa Senhora Aparecida), Arthur Araújo (Nossa Senhora das Graças) e Altair Severiano Nunes (Parque Dez), promoveram na manhã desta sexta-feira (11), a I Mostra de Ações Educacionais Integradas, com apresentação de projetos que trabalham a diversidade cultural no Centro de Convivência do Idoso, no bairro Aparecida.

Executados nas escolas da rede pública estadual, durante a Mostra, foram apresentados os seguintes projetos: “Projeto Mama África”, coordenado pela professora Glaucilene Hauradou e “A África dos Contos”, coordenado pelo professor Lucas Neto, ambos desenvolvidos na Escola Estadual Vicente Schettini. 

Além desses, os projetos “Grupo de Expressões Artísticas e Populares: Brasil, meu Brasil Africano”, coordenado pelo professor Otto Franco e “Caminhos para desconstruir o racismo”, coordenado pela professora Mylena Souza, ambos desenvolvidos na escola Altair Severiano Nunes, também fizeram parte da mostra. 

Os projetos fazem parte do Programa Ciência na Escola (PCE), coordenado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas, (Fapeam), em parceria com as secretarias Estadual e Municipal de Educação (Seduc) e (Semed) e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

A professora de História, Glaucilene Hauradou, coordena o projeto “Mama África” e trabalha há dez anos com estudantes da escola Vicente Schettini. A mostra deste ano reúne projetos muito importantes, que visam o combate ao racismo na sociedade. 

Com cada um desses projetos, a nossa intenção é extrapolar os muros da escola, fazer com que a sociedade comece a entender o que os professores estão discutindo em sala de aula, o que estamos fazendo para combater e superar o racismo. Com os nossos alunos, a proposta é estimular o debate sobre essas temáticas, mediando conflitos que poderão surgir”, explicou a professora. 

Expressões Artísticas - “Grupo de Expressões Artísticas e Populares: Brasil, meu Brasil Africano” foi outro projeto apresentado durante a mostra. Coordenado pelo professor de Educação Física, Otto Franco, a atividade é desenvolvida através de expressões artísticas corporais e também conta com atividades na escola estadual Arthur Araújo e Adelaide Tavares.

“Esse projeto está voltado para o trabalho com o corpo, mas, além disso, buscamos também trabalhar com conteúdo. Dessa forma, buscamos conciliar o elemento cultural como possibilidade de desenvolvimento social do aluno. Antes das apresentações artísticas, os estudantes fazem uma pesquisa apurada sobre a cultura e a contribuição dos negros na formação da sociedade brasileira”, afirmou o professor. 

Respeito à diversidade - Para a estudante do 7º ano da escola Vicente Schettini, Lawany da Silva Souza, 12, o projeto “Mama África” promove a discussão de um tema que ainda está muito evidente na sociedade: o preconceito. “Esse projeto é muito importante porque o preconceito está muito presente em nossa sociedade e para mim, que busco explicações para essas questões, as discussões são muito válidas.

Participando do projeto “Grupo de Expressões Artísticas e Populares: Brasil, meu Brasil Africano”, a aluna do 8º ano da escola Arthur Araújo, Giovana Beatriz Viana, 13, também destacou a relevância da atividade. “Esse projeto incentiva a superação do racismo e também a aceitação das diferenças entre as pessoas, aspectos que devem ser respeitados”, contou a estudante. 

Mês da Consciência Negra - Com rodas de diálogo nas escolas da rede pública estadual, a Seduc organizou uma ampla programação, cujo objetivo é oportunizar momentos para a discussão, reflexão e comemoração em relação à presença do negro na sociedade brasileira e sua participação na construção dessa nação.

 Além disso, as discussões abordam a superação do racismo e do preconceito, destacando a importância que a escola, enquanto instituição social, exerce na sensibilização dos jovens. 

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