Roma sofre com lixo e mau cheiro nas ruas



Roma está suja, cheia de lixo que transborda dos contêineres e caem nas calçadas, enquanto a Prefeitura, o órgão responsável pelo recolhimento do lixo (AMA, na sigla em italiano) e um consórcio privado, Colari, jogam de um para o outro a responsabilidade pela situação. A situação que desagrada os moradores e turistas da capital italiana foi admitida pelo prefeito Ignazio Marino, que prometeu regularizar a coleta e o processamento do lixo urbano. Com as altas temperaturas da primavera romana, a sensação de desconforto é agravada pelo mau cheiro.

A população está zangada e se queixa das grandes quantidades de lixo que se amontoa nos contêineres e lixeiras da cidade. Alguns pontos estão em situação crítica, com o lixo nas ruas e obstruindo calçadas. Em Roma, os resíduos perecíveis e alimentícios, ou seja, os que não podem ser reciclados, são recolhidos diariamente por caminhões do AMA e levados para unidades onde depois são triturados. "A metade é levada para usinas públicas do AMA e a outra metade para instalações do consórcio privado Colari, que é responsável pela destruição do lixo", explicou a secretária de Ambiente, Estella Marino. Mas, há dias, as instalações da Colari "reduziram seu volume de trabalho", disse.

"Infelizmente, nos últimos dias, algumas instalações de tratamento biológico dos resíduos perecíveis da Colari recolheram menos lixo e a consequência é que os caminhões não sabem para onde levar ou o que fazer com as toneladas de resíduos que não são aceitas", explicou. Por isso os trabalhadores municipais decidiram deixar o lixo nos contêineres da cidade, que já estão além de sua capacidade máxima.

Manlio Cerroni, proprietário da Colari, argumentou que sua empresa está fazendo sua parte nesta situação, mas admitiu que suas instalações estão recebendo menos resíduos do que estão autorizados por causa da "gravíssima inadimplência que o AMA acumula há muito tempo". Cerroni acusou o órgão municipal de coleta de lixo de ter uma dívida com sua empresa de "dezenas de milhões de euros", enquanto a prefeitura alega que o AMA paga com regularidade.

Enquanto o consórcio e o governo municipal trocam acusações pela imprensa, cerca de três milhões de habitantes sofrem com as consequências da degradação das ruas romanas. Os pontos mais críticos estão perto dos parques, que se enchem de gente nos fins-de-semana, exatamente quando a coleta de lixo diminui significativamente. Diante do problema, o AMA decidiu trabalhar "24 horas por dia" nas instalações onde os resíduos são destruídos e dobrar a presença de equipes de coleta aos domingos para assumir as toneladas recusadas pela empresa contratada.

(Da redação)

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