PODER LEGISLATIVO DE COARI EM IMPLOSÃO?


O termo implodir remete o leitor imediatamente a um grande prédio ruindo, após uma explosão interna, que abala todas as estruturas, fazendo com que tudo venha ao chão. É mais ou menos esta a ideia que temos em face do que está acontecendo na Câmara Municipal de Coari. Fatos sucessivos, totalmente rejeitados pela opinião pública que presa pelo bom senso, os atos praticados pelo legislativo coariense vem dando um mau exemplo para as futuras gerações de políticos. Para qualquer observador menos atento é possível perceber os passos em direção a essa implosão por parte do legislativo municipal quando a maioria dos vereadores tem resolvido explodir valores éticos primordiais.

A TRAPAÇA

A trapaça que tirou o vereador Iliseu Monteiro da Presidência da Câmara e gerou uma crise interna é um exemplo disso. Em novembro de 2014, os vereadores por unanimidade, veja bem caro leitor, por unanimidade, elegeram Iliseu para presidir a casa, sem questionar ou queixar-se de qualquer problema na eleição.

Unanimidade entende-se por clareza de entendimento, vontade plena, desejo harmônico comum. Depois, em março de 2015 a palavra dos mesmos cai por terra... Questionam na justiça a eleição, conseguem liminar desfazendo o ato unânime e por fim, em conluio digno de qualquer um sem palavra colocam na presidência por maioria simples um outro presidente, abrido uma crise sem precedentes na história do pode legislativo em Coari.

Hoje o que há é uma casa dividida não em relação se apoiam ou não o chefe do executivo, mas divida internamente, com feridas abertas por um movimento digno de uma trapaça de filme de cinema. Feridas que nunca vão sarar e que sempre vão ser estopins de confusões, pois não havendo confiança e credibilidade no voto há o temor constante de mais manobras, mais trapaças. E a convivência fica  difícil para os vereadores, o clima de trabalho, de sessões e de relação de confiança fica mais difícil ainda.

PERSEGUIÇÃO A VEREADORES

Se não bastasse toda a trapaça, o vereador Merelo que teve a hombridade de dar posse ao prefeito diplomado pela justiça eleitoral Raimundo Magalhães, ainda correu sério risco de ter seu mandato cassado pelos pares. E que pares... A maioria que acha que no cabo de guerra interno, pode aprovar tudo.

Merelo fez o certo...

Como vereador mais idoso deu posse ao prefeito em uma sessão solene, uma vez que os demais membros da mesa diretora não o fizeram.

Merelo fez o certo, e em vez de ser elogiado, parabenizado, exaltado por isto, mereceu a perseguição. A ordem foi: “Vamos cassar o seu mandato”. Até mesmo um vereador que é sobrinho de Merelo votou pela abertura do processo de cassação do tio... Valores familiares implodindo em meio á disputa que se instalou na Câmara Municipal de Coari. E há outros vereadores que não fazem parte da maioria que recebem ameaça de cassação...


A CPI

Outro exemplo é o que está sendo feito pela Câmara com relação ao prefeito Raimundo Magalhães. Abriram uma CPI 14 dias após o prefeito tomar posse. Uma CPI que dar para entrar no livro dos recordes.

CPI para investigar uma suposta troca de mensagem por celular, que já estava sendo investigada pela inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas. Porque não esperar o relatório final da SSP para então abrir a CPI? Claro que não esperaram... Uma exposição desnecessária. E o que ficou claro até agora além do fato da inteligência da polícia estadual não ter localizado nenhum indício da dita conversa do prefeito com o empresário? Muita confusão e a tentativa de atrapalhar uma gestão legítima que está começando e que precisa de apoio para por em prática políticas públicas para a população de Coari.

Mas o poder legislativo parece não está muito preocupado com isso... Fica claro para quem observa que pode haver outros objetivos em jogo, além do fato de tumultuar, atrapalhar, embolar o meio de campo, trazer dificuldade. Seria a política do quanto pior melhor, será?

VALE TUDO E VALE NADA

Nesse vale tudo, o poder legislativo de Coari vai perdendo as características que disciplinam uma entidade secular como é a Câmara Municipal. Como aceitar discursos ameaçadores? Como conviver com a falta de seriedade da palavra? Como entender os motivos escusos por trás de tantas manobras, articulações, mudanças de comportamento, trapaças...

Se antes, os vereadores faziam oposição ao prefeito, agora fazem a si mesmos, uma crise que não tem limites porque foi gerada a partir de motivações, comportamentos e atitudes erradas. O leitor não pode dizer que não tem nada a ver com isso. A posição observadora, firme, analítica é muito importante, pois estes vereadores são os que nos representam, querendo não.


Se não há uma atitude ética por parte dos edis, no mínimo nós cidadãos temos que tomar uma atitude firme e crítica. A ética por parte dos representantes do povo não deve ser apenas uma palavra solta em um discurso, assim como o fazem com a palavra Deus que é dita a contragosto do criador para apoiar todo o tipo de comportamento errado na tribuna da Câmara. Ética tem que ser cobrada, nos acordos que eles fazem, nas CPIS que eles abrem, nas indicações que eles aprovam e na execução de seus mandatos.

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