D24Am: Prefeito de Coari vai entrar com queixa-crime contra empresário

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Quinta-feira 21 de maio de 2015 - 6:00 AM
Geraldo Farias / portal@d24am.com
Depois de ser denunciado por opositores, Raimundo Magalhães (ao centro) decidiu submeter seu celular a uma averiguação da SSP.
Foto: Reinaldo Okita
Manaus - O prefeito de Coari, Raimundo Magalhães (PRB), declarou, nesta quarta-feira (20), que entrará com uma queixa-crime contra o empresário Thiago Caliri Queiroz, por injúria e difamação, pela denúncia de que ele estaria negociando em troca de ajuda financeira, uma secretaria da Prefeitura de Coari, com o empresário. Magalhães disse que entrará com a queixa na Secretaria de Segurança Pública (SSP), nesta quinta-feira (21).
O prefeito de Coari decidiu tomar a medida, após a Secretaria de Adjunta de Inteligência da SSP (Seai), ter concluído a investigação das mensagens colhidas do celular de Magalhães para apurar a denúncia divulgada no ‘Blog do Zacarias’, feita por vereadores de oposição a Magalhães, ao Ministério Público do Estado (MP-AM), no dia 23 de abril. A denúncia traz uma troca de mensagens entre o prefeito e o empresário Thiago Queiroz, em que Magalhães estaria negociando uma secretaria com o empresário em troca de dinheiro.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública foram verificadas 424 mensagens do celular do prefeito de Coari, sendo 412 mensagens em chats e 12 grupos do aplicativo Whatsapp. “Não consta nada que comprometa o prefeito no sentido de que houve alguma negociação daquele tipo. Há sim poucas conversas com esse Thiago, mas nada que confirme o que ele vem acusando o prefeito”, disse o secretário, Sérgio Fontes.
Fontes sugeriu a Magalhães entrar com a queixa para realizar oitivas com os autores da denúncia. “O secretário me informou na última segunda-feira o conteúdo do relatório. Ele me entregou na íntegra, e então, como sugeriu o secretário, entraremos com uma queixa-crime contra o seu Thiago Caliri Queiroz”, declarou.
Magalhães afirmou que hoje irá até a SSP para entrar com a queixa por injúria e difamação e também enviará uma cópia para apuração do Ministério Público, através do Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado (CAO-CRIMO). “Estou só esperando a peça jurídica do processo ser elaborada pelo meu advogado que iremos até a SSP entrar com a denúncia contra esse estelionatário e enviaremos uma cópia do processo para o MP investigar pelo CAO-CRIMO”, explicou.
O prefeito também explicou qual a relação dele com Thiago Caliri, que na última semana em CPI na Câmara de Coari, afirmou que ficou amigo de Magalhães, após negociarem a venda de uma loja num shopping. “Eu conheci ele através da minha esposa que tinha uma loja no Shopping Ponta Negra, mas ele enrolou e não comprou. Nunca fui amigo dele e nem moramos no mesmo prédio”, esclareceu.
Julgamento de processo no TRE é adiado
O juiz eleitoral Délcio Santos suspendeu, nesta quarta-feira, o julgamento do recurso eleitoral no qual a coligação ‘A volta do progresso’, comandada por Adail Pinheiro (PRP), pedia a anulação dos votos do terceiro colocado nas eleições de 2012, em Coari, Arnaldo Mitouso (PMN). Ele estava inelegível porque foi condenado por assassinato.
Segundo o juiz, o julgamento foi suspenso porque a coligação ingressou, na última segunda-feira, com um pedido de desistência da ação. O pedido de desistência foi encaminhado para manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE).
Com a anulação dos votos de Mitouso, o atual prefeito de Coari, Raimundo Magalhães (PRB), teria de deixar o cargo. Isto porque, como o prefeito eleito, Adail Pinheiro (PRP), foi cassado e teve os votos anulados, a eleição de 2012 ficaria com menos de 50% de votos válidos e seria anulada.
Segundo o juiz, como a matéria é de interesse público, o MPE pode, se for do seu interesse, dar continuidade à ação.
O despacho encaminhando o recurso ao Ministério Público foi publicado no Diário de Justiça Eletrônico (DJe), de quarta. O MPE têm três dias para se manifestar. “Retornando do MPE, levarei o processo a julgamento, ou para homologar a desistência ou para que seja julgado normalmente”, disse o juiz.
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