Coari, 82 anos depois

Eledilson Colares
Jornalista
Em agosto de 1932, no auge da Revolução Constitucionalista em São Paulo, aqui no extremo Norte do Brasil, exatamente no dia 02, a Vila de Coari era elevada a categoria de Cidade. Essa analogia torna-se importante e necessária à medida que reconhecemos a ínfima integração nacional que acontecia e ainda acontece nos dias atuais.

Esta comparação também enaltece os esforços de nossos antepassados que lutaram pela Aldeia, pelo Lugar, pela Vila e, finalmente, pela Cidade. Se é difícil administrar, nos dias atuais, um município com todas as suas peculiaridades históricas e geográficas, imagine então o que eles enfrentaram para chegar até aqui, 82 anos depois.

A Terra do Petróleo e do Gás Natural é uma realidade que cresce pujante a cada dia. Um crescimento alimentado pela força, pelo trabalho perseverante de um povo acostumado com a árdua lida, seja produzindo o alimento na terra, debaixo de chuva ou de um sol escaldante, buscando o pescado nas bravias e surpresas de suas águas ou ainda caçando e extraindo produtos naturais nos infinitos enigmas e entranhas de suas florestas.

Suas vertentes econômicas que alimentaram os sonhos e os projetos de nossos antepassados, hoje nos servem de referencial para planejar e pavimentar um caminho sólido e perene, que nos garanta ratificar nosso potencial econômico e consolidar, nas próximas décadas, o título indestrutível de “Rainha do Solimões”.

Poucos, infelizmente, bem poucos seres humanos estão entre nós e podem contar e recontar, na íntegra, a trajetória de quase um século de cidade, mas dão importantes testemunhos do que viram, viveram e venceram as marcas de todo esse tempo, desde a elevação da Vila de Coari à categoria de Cidade, pela Lei Estadual nº 1665.

Se não tudo, pelo menos parte ou grande parte do que já foi Coari está na memória do povo, coariense de nascimento ou não. Cada pedaço da história, ao longo desses 82 anos, está inserido na religiosidade e na lembrança de cada um. Cada fragmento produzidoao longo desses quase 30 mil dias encontra-se guardado nos gestos comuns do povo, nas danças e aspectos culturais, no comércio, nos hábitos de conversar à porta de casa, na solidariedade constante, na alegria incontida, na esportividade e no prazer do convívio familiar.

Uma família, uma grande família chamada Coari.

Parabéns Coari.

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Por Eledilson Colares
Jornalista

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