Governo do Amazonas quer aprimorar a formação de engenheiros para o setor naval

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Atualmente, cerca de 400 engenheiros são formados nas instituições de ensino do Amazonas, mas quase nenhum ingressa na área naval. Segundo o site http://engenhariadata.com.br, que traz indicadores de todo o Brasil na área de engenharias, o Estado possui apenas um mestre no segmento naval.

Essa escassez de profissionais motivou o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas (Secti-AM), a buscar soluções para estimular a qualificação de engenheiros que desejam ingressar nesse setor.

Para contribuir na melhoria desses indicadores, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) recebe até o dia 16 de outubro inscrições de engenheiros que queiram dar continuidade aos estudos na área naval. O edital 023/2013 de fomento ao Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados em Engenharia Naval do Estado do Amazonas (RH-NAVAL) foi lançado neste mês. Os resultados da iniciativa são para médio e longo prazo.
Bolsas - De acordo com o edital, mais de R$ 3 milhões serão destinados para atender a demanda de mão de obra do setor naval, através de programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil, reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Serão oferecidas 20 bolsas de mestrado e 10 de doutorado. A ação pretende alavancar os esforços para o Polo Naval amazonense, e assim tornar o mercado local mais competitivo.

O secretário de CT&I, Odenildo Sena,  ressaltou a importância do investimento para a região em virtude dos fluxos fluviais existentes e da ampliação do conhecimento, necessidade crucial para o desenvolvimento do Estado. "Não temos aqui no Amazonas nenhum doutor em engenharia naval, o que é um paradoxo, porque as nossas estradas são os rios, nossa principal fonte de comunicação com o interior. Tivemos a ideia de fazer um investimento de futuro não tão distante com formação de mestres e doutores que possam multiplicar seus conhecimentos e ampliar o universo de pessoas  nessa atuação, isso vai fazer com que a gente ganhe autonomia nessa área", afirmou Sena.

O esforço feito pelo Governo do Estado, por meio do Sistema Estadual de CT&I, é também uma estratégia para estimular o crescimento de novas áreas de atuação no Estado.

Como participar - Para concorrer às bolsas, os candidatos precisam atender a requisitos básicos como ser brasileiro ou naturalizado. Quando estrangeiro, ter visto permanente e residir há mais de cinco anos no Estado. Além de estar cadastrado no sistema de Currículo Lattes do CNPq e no Cadastro de Pesquisadores da Fapeam.

O candidato precisa estar regularmente matriculado ou ter sido selecionado em curso de Pós-Graduação stricto sensu, credenciado pela Capes para realização de curso na área de Engenharia Naval.

Mais informações estão disponíveis no edital, no site da Fapeam (www.fapeam.am.gov.br).

Engenheiro naval - Muito procurado, o profissional do setor naval é valorizado nas diversas funções que pode exercer como controlar serviços em estaleiros, projetar embarcações, plataformas e tecnologias para os serviços de construção de apoio à navegação.

Em Manaus, apenas a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) oferece a graduação em Engenharia Naval. "Este é o primeiro vestibular em que disponibilizamos vagas para formar turmas para o curso", disse o coordenador, Eduardo Boreda.

A graduação em Engenharia Naval foi criada este ano, mas desde 2008, a UEA oferece o curso de tecnologia em construção naval.

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