Exposição resgata história arqueológica da área de intervenção do Prosamim III

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Fragmentos da história da ocupação de uma das bacias hidrográficas mais importantes de Manaus ganham destaque na Exposição Arqueológica realizada no hall daReitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que teve início nesta segunda-feira, dia 8 de maio. A mostra, que segue até o dia 8 de maio, das 8h às 17h, com entrada gratuita, reúne itens recolhidos da área do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus III (Prosamim), no Igarapé do São Raimundo.


O igarapé do São Raimundo começou a ser ocupado no início do século passado e agora está passando por um reordenamento urbano com a intervenção do Governo Estadual. Entre os artigos em exposição estão manilhas, louças, tijolos e cerâmicas caracterizados por cores, formas e desenhos de diferentes épocas. Além de fragmentos, peças praticamente intactas, como moedas e uma garrafa de grés, típica do final do século XVIII, também podem ser conhecidas pelo público.

Os objetos do cotidiano da população que residiu na área possuem grande valor histórico e estavam misturados em meio ao lixo. O estudante Lucas Geraldo, 16, ficou surpreso com a riqueza do material. "Eu só via lixo quando passava por ali, não imaginava que tinham peças antigas e tão importantes como essas que estou vendo agora", disse.

"Até então a gente não tinha conhecimento do que tinha do passado. Hoje a gente está resgatando essas informações que são de extrema importância para conservar aquilo que tínhamos", comentou o professor universitário Narciso Lobo, 64, que visitou a exposição.

A exposição arqueológica resgata uma página importante da história de Manaus e ajuda a entender o processo de urbanização da capital. Perto do Centro da cidade, o igarapé do São Raimundo foi um dos primeiros a ser ocupado por famílias nas palafitas. A mostra é itinerante e vai percorrer escolas da capital, a partir do mês que vem.

"Têm uma representatividade muito grande porque falando em Manaus, apesar de existir algumas publicações, não temos arqueologia histórica urbana desenvolvida na cidade. A partir daqui vamos dar prosseguimento porque precisamos contar essa história da cidade. À medida que continuam as pesquisas conseguimos encontrar evidências cada vez maiores de que houve uma ocupação intensiva", frisou o estudante de arqueologia Daniel Comapa, membro do grupo de pesquisa que coletou material em campo.

Os objetos da exposição foram colhidos por arqueólogos e fazem parte de uma pesquisa realizada por alunos do curso de Arqueologia da UEA, com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O levantamento é uma das etapas para a liberação da área para as obras. O trabalho em campo com os arqueólogos continua pelos próximos dois anos.

A exposição arqueológica está no hall da Reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), localizada na avenida Djalma Batista, bairro da Chapada. A visitação é gratuita e ocorre das 8h às 17hs.

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