Defesa Civil do Estado envia primeira remessa de kits de ajuda humanitária para famílias afetadas pela cheia

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Defesa Civil do Estado envia primeira remessa de kits de ajuda humanitária para famílias afetadas pela cheia

Cerca de oito toneladas de alimentos, quatro mil redes e medicamentos foram enviados, nesta terça-feira (9), pelo Governo do Amazonas, por meio do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), para os cinco municípios do Estado em situação de emergência por causa da cheia dos rios. Parte do material, formada pelos medicamentos, foi embarcada nesta manhã em aeronave no Aeroclube de Manaus e vai compor o kit de ajuda humanitária que a Defesa Civil vai entregar a famílias afetadas pela subida das águas. Alimentos e redes seguiram por embarcações.

Até o momento, a Calha do Juruá é a mais afetada. Ipixuna, Itamarati, Carauari, Eirunepé e Guajará, na região, estão em situação de emergência. Segundo levantamento da Defesa Civil, mais de oito mil famílias já sofrem os impactos da cheia, com alagamento de casas e perdas de plantações e animais. Cerca de mil famílias estão desabrigadas, morando em casas de parentes ou em abrigos improvisados pelas prefeituras.

Além da ajuda humanitária, a Defesa Civil do Estado faz o monitoramento das condições climáticas e do nível dos rios, além do trabalho de capacitação de agentes municipais e técnicos das defesas civis. Segundo o secretário de Defesa Civil, tenente-coronel Roberto Rocha, todos os municípios já receberam o alerta para informar as condições locais. A principal preocupação é com a dificuldade que algumas novas prefeituras estão enfrentando para lidar com o problema.

"A maioria desses municípios já teve a sua situação homologada pelo Governo do Estado e agora o reconhecimento federal, que os deixa habilitados a receber recursos federais bem como de ministérios, como de Agricultura. Hoje, o Estado dá resposta de forma a auxiliar o trabalho das prefeituras", explicou Rocha.

Os medicamentos foram fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam). São remédios para combater doenças intestinais, de pele e febre, entre outras, além de vitaminas. São no total 13 tipos diferentes de remédios que vão compor o kit de ajuda humanitária que começa a ser distribuído às famílias atingidas pela cheia.

A previsão é que a cheia deste ano seja menos intensa que a cheia histórica 2012, conforme o primeiro alerta divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil, há duas semanas. Mesmo assim, em alguns municípios, o nível dos rios pode chegar a medidas recordes.

"Estamos hoje com um metro e quarenta para que o Madeira supere a cheia recorde, que até hoje não foi superada. É uma preocupação. O Baixo Amazonas também está bastante alto; Itacoatiara também. Mas acreditamos que essa cheia possa não superar a de 2012, em alguns municípios. Nossa preocupação também são as chuvas isoladas no Médio Purus, o caso de Canutama e Tapauá", disse Rocha.

Nos próximos dias, os municípios da calha do Alto Solimões (Tabatinga, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença e Santo Antônio do Iça) devem ser incluídos no relatório de municípios afetados pela cheia. Todos já estão em situação de atenção. Santo Antônio do Içá registrou situação de desastre perante os órgãos competentes.


FOTOS: NONATO DUARTE / AGECOM



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