Governo do Amazonas destina R$ 14,5 milhões para nova estrutura de combate a incêndios florestais no Sul do Estado

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Municípios do Sul do Amazonas vão ganhar reforço nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais com investimentos de R$ 14,5 milhões do Governo do Estado, por meio do Fundo Amazônia. Na região, que abrange Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Maués e Novo Aripuanã, serão instaladas Unidades de Proteção Comunitária e Ambiental (Upacas), uma nova estrutura da Defesa Civil para monitoramento, prevenção e combate a queimadas dotada de equipamentos e pessoal treinado para as ações.

As oito cidades do Sul do Estado são as mais ameaçadas com o foco de queimadas florestais em virtude da proximidade com a região conhecida como arco do desmatamento brasileiro, na fronteira com o Mato Grosso e Rondônia. Segundo o governador em exercício, José Melo, a estratégia do governo é agir de forma preventiva preparando as defesas civis estadual e municipais para atuar nas situações de emergência. Além das Upacas, mais de dois mil brigadistas serão capacitados.

"O nosso objetivo é aparelhar a Defesa Civil não só de equipamentos, mas também de recursos humanos capazes de prevenir os incêndios e, na hipótese de ocorrência, combatê-los. Essa é uma região com forte pressão agrícola e o governador Omar Aziz foi até a presidência da república para a gente fortalecer nossa presença tanto no monitoramento quanto na parte operacional", disse José Melo, que nesta sexta-feira (15) se reuniu, em Manaus, com alguns prefeitos dos municípios beneficiados para apresentar o projeto, o último passo para a assinatura dos convênios.

Com o projeto, o Governo do Estado vai instalar Upacas em cada um dos oito municípios. Nas unidades, haverá o monitoramento dos focos de calor por meio de equipamentos de sensoriamento remoto, além do geoprocessamento e georeferenciamento das informações climatológicas. A estrutura também contempla a aquisição de um avião anfíbio, lanchas, motocicletas, caminhões, telefones por satélite, material de combate a incêndio e viaturas do tipo UQT, mesmo modelo utilizado pelas forças armadas e que possui elevada capacidade de tração nas rodas.

O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Roberto Rocha, explica que além de servir para o combate às queimadas a estrutura vai ser empregada nas ações emergenciais de cheia, seca e em demais situações de desastre natural. "Temos um histórico de desastre na região sul do Amazonas. As práticas pré-históricas de incentivos agrícolas, de queimadas, fizeram com que essa região entrasse no arco do desflorestamento. Nosso Estado é muito rico e possui uma legislação ambiental mais rigorosa que os outros, mas é uma estrutura necessária", disse.


Para o prefeito de Apuí, Admilson Nogueira, o projeto significa um suporte fundamental para o município, que também sofre com a subida das águas. Ano passado, Apuí liderou o ranking de focos de incêndio no Amazonas, com 5.596 registros, conforme monitoramento feito pelo Instituto Espacial de Pesquisas Espaciais (Inpe) através de imagens de satélite. "É uma ação que demonstra a preocupação do Governo do Estado. Apuí tem uma peculiaridade que é o fato de ser cortada pela Transamazônica", pontuou o prefeito.

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