Governo do Amazonas paga subvenção e libera crédito especial para produtores de juta e malva do interior

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O Governo do Amazonas liberou nesta sexta-feira (16), em Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus), a última parte da subvenção paga aos produtores de juta e malva do interior do Estado por quilo de fibra comercializada com a indústria. O benefício, que garante aos produtores o preço mínimo na venda, foi concedido a 964 agricultores espalhados em onze municípios, totalizando R$ 1,3 milhão em investimentos com a subvenção da safra no período de 2011/2012.

Repassada por meio da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), a subvenção corresponde ao valor de R$ 2,40 por quilo de fibra processada vendida para a indústria. A ação faz parte do programa Amazonas Rural, lançado pelo governador Omar Aziz este ano para impulsionar o setor primário.

A agricultora Neuza Oliveira, 72, é contemplada há dois anos com o subsídio sob a venda das fibras e afirma que o auxílio é indispensável para manter o sustento da família no período de entressafra. "É uma ajuda muito importante. Nós vendemos a produção e ainda fica recebendo essa parte. Se a gente fizer mais, ganha mais. Se fizer pouco, ganho pouco", disse.

"As dificuldades são muito grandes. Se não tivéssemos a subvenção seria pior. O meu pensamento é adiantar o trabalho. Limpar o terreno, começar a preparar tudo para o plantio e, claro, esse dinheiro ajuda na alimentação da gente", comentou o agricultor Wilson Oliveira, 60, um dos primeiros a receber o cheque com o valor do benefício.

Para impulsionar o setor, o Governo do Estado desenvolve ações de apoio ao plantio até a fabricação do produto final em parceria com as cooperativas. Os produtores recebem assistência técnica, financiamento a juros reduzidos através da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), têm apoio à produção com a distribuição de sementes e incentivo à instalação de indústrias de processamento.



"A produção de juta e malva é uma atividade com agregação de valor importante dentro do contexto do setor primário amazonense. A meta é consolidar a atividade da produção ao processamento industrial. Das cinco indústrias de processamento da fibra no Brasil, quatro estão no Amazonas, uma demonstração da grandeza da atividade", pontuou o presidente da ADS, Valdelino Cavalcante.

Financiamento especial pós-cheia – Durante a entrega da subvenção, em Manacapuru, produtores de juta e malva dos municípios de Manacapuru, Anori, Novo Airão e Beruri, que registraram prejuízos na safra por conta da cheia recorde dos rios, este ano, assinaram o contrato de financiamento com o Banco da Amazônia para obtenção de crédito para recuperação das áreas de produção.

O crédito especial, com juros de 1% ao ano, prazo de dez anos para pagamento e teto de R$ 12 mil para empréstimo, foi negociado pelo governador Omar Aziz junto ao Governo Federal para auxiliar os agricultores prejudicados com a cheia. Dez mil produtores do Estado de diversas culturas agrícolas já tiveram acesso à linha de crédito disponível desde junho. A meta é alcançar 20 mil produtores até o final do ano.

"Temos mil hectares financiados para os produtores rurais, o que vai representar em torno de dois milhões de reais de crédito rural somente para os produtores de juta e malva. Com isso eles podem fazer o plantio, a colheita, vender sua produção e, posteriormente, pagar o banco com rebate de 40% do capital que ele está pegando", frisou o presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), Edimar Vizzoli.

A estimativa da Agência de Desenvolvimento Sustentável é que os produtores de juta e malva fechem o ano com uma produção de cerca de sete toneladas de fibras. O desempenho é abaixo do esperado para 2012 e foi prejudicado por conta da cheia.


FOTOS: NONATO DUARTE


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