O governador Omar Aziz fez a abertura do Fórum Mundial de Sustentabilidade na tarde desta quinta-feira, 22 de março, no Tropical Hotel Manaus, fazendo um apelo aos participantes para que o evento resulte em propostas concretas que possam aliar preservação e sustentabilidade em favor dos povos da Amazônia. "Nós esperamos que depois deste Fórum se tragam propostas para que a gente possa ajudar quem vive na floresta e depende dela pra sobreviver", disse o governador, que voltou a defender a necessidade de se criar compensação ambiental para quem preserva as florestas.
O evento, organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), com apoio institucional do Governo do Amazonas, está em sua 3ª edição, com encerramento neste sábado (24). Durante três dias, lideranças de vários segmentos discutem alternativas e modelos sustentáveis para o planeta.
Omar Aziz iniciou o discurso lembrando das famílias que sofrem com o efeito das cheias no interior. "Nesse momento 30 mil famílias que vivem no interior do Amazonas estão debaixo d'água. Não são 30 pessoas. São 30 mil famílias, que sofrem com diversos tipos de problemas e quando a gente fala em preservação não dá pra falar sem colocar em primeiro lugar a sustentabilidade".
Ao cumprimentar a ex-primeira ministra da Noruega, Gro Harlen Brundtland, presente no evento, o governador agradeceu, lembrando ser aquele país, ao lado da Alemanha, os únicos que hoje, na prática, ajudam a preservar e colaboram com recursos. "Muito obrigado à senhora por estar presente e eu agradeço ao povo norueguês pela ajuda que ele tem dado a essa região. Se tem algum recurso no Fundo da Amazônia foi a Noruega quem mandou. Em torno de 40 milhões para aplicar no desenvolvimento sustentável e no conhecimento da nossa região. É isso que nós precisamos", disse o governador.
Na sequência, falou da necessidade de que o povo da Amazônia tenha voz na Conferência Rio+20, que acontece em junho no Brasil. "Por incrível que pareça a Rio+20 vai acontecer daqui há alguns meses e até agora não perguntaram ao povo do Amazonas, ao povo do Pará, do Acre, de Rondônia, ao povo da Amazônia, o que esperam da Rio+20. É uma discussão que não pode ser de cima pra baixo, tem que ser de baixo para cima".
Fotos: Alex Pazuello / AGECOM
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