Governo do Estado prepara diagnóstico do setor de petróleo e gás no Amazonas

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O Amazonas tem a segunda maior reserva de gás comprovada do país, entretanto, por falta de mercado consumidor, 61% do gás produzido é reinjetada nos poços. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 14 de fevereiro, pelo diretor técnico comercial da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Clovis Correia Júnior, durante o 1º Workshop da Indústria Petrolífera – Planejamento Estratégico, Logística e Economia, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH).

Os técnicos do Governo, da Cigás, da Petrobrás e da empresa HRT que participaram do Workshop, apontaram três saídas para vencer os obstáculos que impendem a expansão do setor de gás natural no Amazonas. A primeira delas é a transformação da matriz energética do Polo Industrial do Amazonas. A segunda é o desenvolvimento no Estado de uma indústria de cerâmica branca, a partir da exploração das reservas de Caulim já identificadas no Amazonas. Outro caminho apontado é a criação de uma infraestrutura logística para levar o gás produzido no estado para outros mercados consumidores.

Segundo o secretário da SEMGRH, Daniel Nava, todos os problemas identificados e as propostas apresentadas serão incorporados ao diagnóstico do setor que será elaborado pelo Governo do Amazonas, a partir do Workshop. As discussões e debates realizados também apontaram para necessidade da elaboração de indicadores econômicos do setor que possam nortear os futuros investimentos no estado.

Daniel Nava explicou que todas as informações e propostas apresentadas durante o workshop vão nortear a elaboração de uma política estadual para o setor, onde o Estado terá o papel de regente das ações, conciliando as demandas da população das áreas de abrangências das atividades petrolíferas com os investimentos realizados pelas empresas, seja por meio de ações compensatórias ou auxiliando as prefeituras e sociedade local na elaboração de projetos de infraestrutura, qualificação de mão-de-obra, educação, saúde, entre outras áreas.

Fóruns no interior – Também ficou acertada durante o Workshop a elaboração de uma agenda de discussão com a sociedade, a partir da realização de fóruns nos 12 municípios localizados nas áreas de influencia das atividades petrolíferas. Os fóruns serão realizados nos municípios de Coari, Tefé, Juruá, Carauari, Tapauá, Silves, Itapiranga, Itacoatiara, São Sebastião do Uatumã, Urucará, Autazes, Caapiranga e Anori.

A necessidade de investimento em formação de mão-de-obra, especialmente em nível técnico, foi outra demanda apresentada tanto pela Petrobras quanto pela HRT e que será objeto de ações do Governo do Estado. O secretário Daniel Nava lembrou que a SEMGRH já estabeleceu parcerias com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Federal do Amazonas (Ifam) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para instalação de cursos voltados para atender as demandas não só da indústria petrolífera, mas do setor mineral como um todo.

Além da necessidade de mão-de-obra qualificada, o gerente de exploração da Petrobrás, Júlio Cesar Coelho, apontou ainda como desafios para expansão das atividades da empresa no Amazonas a necessidade de adequação da infraestrutura aeroportuária dos municípios de Coari e Carauari e a melhoria das condições do aeroporto de Anori, considerado estratégico pela empresa por sua localização estratégica, no meio do trajeto entre Manaus e Coari.



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