A efetivação do projeto de integração das polícias Civil e Militar no Amazonas está entre as principais conseqüências do programa Ronda no Bairro, segundo o governador Omar Aziz, que, na manhã desta quinta-feira, 10 de novembro, assinou o decreto com o marco legal do programa, que começa a ser implantado em dezembro deste ano na zona norte.
Durante o evento, no auditório do Centro Universitário Nilton Lins, foram apresentadas as principais diretrizes e fundamentos do programa, cujo foco principal é o cidadão, a implantação da polícia comunitária, investimento em prevenção, repressão qualificada e maior participação e envolvimento da comunidade.
De acordo com o tenente-coronel Amadeu Soares Júnior, membro da Comissão responsável pela implantação do programa, para alcançar todas as metas, as polícias Civil e Militar irão atuar de forma integrada em relação às ações de inteligência, estrutura e logística, capacitação, rotina de trabalho e esforços, o que tornará a polícia do Amazonas referência para todo o País. "A integração entre as polícias é algo que não existe em outros Estados do País", afirmou.
Segundo Amadeu Soares Júnior, cada Distrito Integrado de Polícia (DIP) terá a responsabilidade de apurar os crimes ocorridos em suas áreas, mesmo aqueles que atualmente são de responsabilidade das delegacias especializadas, contribuindo, assim, para a redução no acúmulo dos processos. "As delegacias dos bairros terão as delegacias especializadas para auxiliar nas investigações dos crimes, com isso, o Governo está desafogando a Delegacia de Homicídios, por exemplo, que hoje atende toda a demanda dos assassinatos", informou.
Outro aliado na implantação do Ronda no Bairro será o Conselho Comunitário. Os conselhos são formados por grupos de moradores que irão repassar às polícias as demandas da comunidade, como já funciona no projeto piloto do programa no bairro Santa Etelvina, zona Norte, local que a polícia conseguiu reduzir, graças ao programa, os índices de assassinato em até 70%.
Além das ações de prevenção e repressão, o tenente-coronel destacou a preocupação do Governo do Estado em relação às demandas sociais. Para isso, ele disse que o programa irá atuar em conjunto com os programas sociais já existentes no sistema de Segurança, como o Previne, Jovem Cidadão, Pró-Vida, Galera Nota Dez, Formando Cidadão, Proerd e Ame a Vida.
Controle e acompanhamento – Os mecanismos de controle das atividades policiais e a ligação direta da população com a polícia também serão alguns dos diferenciais do programa, graças ao sistema de georeferenciamento, rastreamento, cerca eletrônica, redes sem fio e GPS.
"Com a cerca eletrônica, por exemplo, um alerta é emitido caso os limites onde as viaturas devem circular sejam ultrapassados", explicou o tenente-coronel. Todo o sistema será monitorado pelo Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), que pela primeira vez será reformado e ampliado desde sua implantação, há mais de dez anos.
Ampliação dos DIPs e efetivo – Hoje, a cidade de Manaus possui 17 DIPs divididos em quatro áreas operacionais. Com a implantação do Ronda no Bairro, a cidade contará com 30 DIPs, divididos em seis áreas operacionais onde as polícias Civil e Militar irão atuar de forma integrada.
Somente a zona Norte, a mais populosa de Manaus, onde será implantada a primeira fase do Ronda no Bairro, terá dois DIPs a mais, ficando com seis distritos integrados (6º DIP, 13º DIP, 15º DIP, 18º DIP e 26º DIP) e cerca de 1,6 mil policiais civis e militares.
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