Governo do Estado dobra recursos do Proarte para 2012 e negocia bolsa de estudos para cinema em Cuba

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O Governo do Amazonas vai dobrar, a partir de 2012, a verba dos editais do Programa de Apoio às Artes (Proarte) destinado à produção audiovisual. O anúncio foi feito, nesta segunda-feira, dia 7 de novembro, pelo secretário estadual de Cultura, Robério Braga, durante a aula inaugural do Seminário Iberoamerican Films Crossing Borders, um dos mais importantes da área na indústria cinematográfica mundial, que está acontecendo dentro da programação do 8º Amazonas Film Festival.



O aumento no valor da verba para os projetos da área audiovisual no Proarte segue determinação do governador Omar Aziz e tem como objetivo estimular a produção audiovisual no Estado. Nesse sentido, o Governo anunciou a abertura do curso de graduação em Cinema pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), para ingresso em 2013, e a oferta de cursos de especialização na área de Cinema em parceria com a Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro.



Atualmente, os editais do Proarte na área de Cinema disponibilizam R$ 12 mil por cada projeto de produção de filmes, tanto para ficção quanto para documentário. "Ainda faltam projetos para ganhar os editais. Mas isso é um processo que a gente vai superando aos poucos", frisou Robério Braga.



A expectativa é que o aumento no valor dos recursos incentive novos produtores e permita amadurecimento técnico ainda maior das produções, avalia Robério. "Tudo isso é resultado do Amazonas Film Festival. Muitos ainda perguntam por que gastar dinheiro com o Festival de Cinema. Um festival, seja ele em qual área for, é um vetor para atrair personalidades que não viriam transferir sua experiência sem esse canal. Fernando Meireles viria a Manaus fazer o quê sem o nosso festival? Estamos construindo alternativas para preparar profissionais, a plateia, incentivar o patrocínio ela iniciativa privada as produções locais", afirmou o secretário.



Bolsas de estudo em Cuba – Outra novidade planejada para o ano que vem é a possibilidade de amazonenses fazerem o curso de Cinema na renomada Escola de Cinema e TV de Cuba. As negociações entre a Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas (SEC) e os representantes da universidade começaram esta semana.



Segundo Robério Braga, a ideia é que a universidade ofereça cinco bolsas de estudos exclusivamente para amazonenses, sendo três delas para residentes em Manaus e outros duas para pessoas do interior do Estado. Serão especializações nas áreas de roteiro, produção, direção, fotografia, som, documentário e edição. "Vamos negociar com a embaixada de Cuba e estabelecer critérios, o que será feito pela secretaria em parceria com os artistas".



Seminário – O Amazonas Film Festival deu início, nesta segunda-feira, dia 7 de novembro, ao Iberoamerican Films Crossing Borders, um dos mais importantes da indústria cinematográfica mundial que reúne profissionais de países como Espanha, Argentina, Cuba, México, Alemanha e Brasil. O seminário existe desde 2003 e percorre festivais de cinema em todo o mundo. Essa é a primeira vez que é realizado na América Latina.



Organizado pela Fundacíon Autor, Instituto Buñuel e Sociedad General de Autores e Editores, o seminário tem como objetivo promover e fomentar a circulação dos filmes ibero-americanos fora de seus países de origem e especialmente na Europa.



Foram selecionados 25 projetos de produtores de cinema com no mínimo três anos de experiência. Desse total, cinco projetos são de amazonenses, dez de produtores da Bahia, Distrito Federal, Pará, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo e outros dez projetos de produtores internacionais de países como Argentina, Bolívia, Colômbia e Peru.



Além da orientação sobre a formatação dos projetos e a troca de contatos, o seminário também realiza um pitching, onde os projetos selecionados serão apresentados, oportunidade na qual o projeto pode ser comprado por produtoras estrangeiras.



"Ele vai dar um bom direcionamento para os projetos e permite que a gente aprenda a dialogar sobre o universo com pessoas que sabem muito do assunto", disse Rosângela Alfiero, diretora manauara que está participando comum projeto de documentário sobre as experiências com a loucura.



"É um seminário que abre portas para que os projetos possam ser conhecidos por pessoas que podem ajudar na obtenção de financiamento para execução, inclusive em outros países", frisou Ângela Gomes, representante da Fundação Autor.



"Já percorremos festivais de cinema no mundo inteiro contribuindo com a formação e especialmente fazendo esse contato entre os interessados em produzir e os profissionais. Estamos muito contentes e entusiasmados porque é a nossa primeira vez na América Latina e, no Brasil, escolhemos o Festival do Amazonas. Esperamos que esta edição seja muito proveitosa para todos e que possamos voltar mais vezes", afirmou Maribel Sausor, da coordenação do seminário.



Na terça, dia 8, e quarta-feira, dia 9, o seminário será no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro e fornecerá ferramentas práticas aos profissionais cinematográficos, com o intuito de facilitar a navegabilidade na indústria assim como melhorar a qualidade e o potencial de projetos audiovisuais.









Fotos: Alfredo Fernandes / AGECOM


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