Prorrogação e extensão dos incentivos não são suficientes para manter competitividade da ZFM

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           O governador Omar Aziz afirmou nesta terça-feira, dia 25 de outubro, que a prorrogação da Zona Franca de Manaus (ZFM) e a extensão dos seus incentivos fiscais para os municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM) não são suficientes para manter a competitividade da indústria local. "Não basta estender a Zona Franca ou prorrogar, se a cada dia que passa a gente for perdendo competitividade dos nossos produtos",  ressaltou o governador.

            As declarações foram feitas um dia após a presidenta Dilma Rousseff assinar a mensagem governamental com Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prorrogando a Zona Franca de Manaus por mais 50 anos e o Projeto de Lei que altera o Decreto 288/1967, estendendo os incentivos fiscais da ZFM para os municípios da RMM. A assinatura ocorreu segunda-feira (24), durante a inauguração da Ponte Rio Negro, e foi destacada por Dilma como presentes para Manaus.

            Segundo o governador, ainda assim é preciso reconhecer o ato de Dilma, um compromisso assumido com ele ainda no segundo turno das Eleições. "Realmente, foram dois presentes que nos dão uma satisfação muito grande. Tanto pela cidade de Manaus ter sua Zona Franca prorrogada, quanto pela extensão do modelo para a região metropolitana, que abrange mais alguns municípios com seus benefícios fiscais". Além da capital amazonense, a RMM é formada pelos municípios de Iranduba, Novo Airão, Manacapuru, Careiro da Várzea, Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo.

            Público Surpreende – O governador declarou-se surpreso e disse que não esperava a quantidade de público e a grande festa que se transformou a inauguração da Ponte Rio Negro. Segundo cálculos da Polícia Militar do Amazonas, mais de 100 mil pessoas estiveram no evento durante o dia e outras 30 mil participaram da queima de fogos à noite. "A quantidade de pessoas que tomou conta da ponte realmente me surpreendeu, mas, passada a surpresa, a gente chega a conclusão de que a ponte é do povo amazonense. Ele (o povo) tinha que tomar conta. Foi uma festa bonita".

            O governador falou dos desafios que terá pela frente para tornar a ponte um indutor de economia para os municípios do interior. "Temos que fazer valer a ponte em termos de desenvolvimento. O Estado tem que fazer sua parte, a iniciativa privada também. E com isso desenvolver aquela região".

            Sobre a possibilidade de construção de uma segunda ponte sobre o rio Solimões, ele disse só ser possível pensar no assunto após o asfaltamento da BR-319 (Manaus-Porto Velho).  "Sem isso não tem como construir uma ponte desse porte. Não conheço o projeto, não vi o orçamento e não posso falar sobre valores. Até agora, não teve nenhum movimento do Governo Federal para asfaltar a BR 319". Segundo o governador, o projeto para a duplicação da rodovia Manoel Urbano  (AM-070), de Iranduba até Manacapuru, está praticamente pronto para sair do papel.
            O próximo passo será a construção de um novo porto em Manacapuru para receber a produção dos municípios do Purus e do Solimões destinada a Manaus. Os produtos desembarcariam lá e partiriam para a capital via AM-070. A economia de tempo seria em torno de 12 horas em comparação com o percurso feito todo de barco. "Uma economia muito grande principalmente no pescado que vem para Manaus, cuja boa parte da produção passa na frente de Manacapuru".

            Ele também anunciou que está em vias de licitar um projeto para a construção da orla de Novo Airão, para incentivar o turismo, além de estar planejando estender o financiamento da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) para famílias que queiram ampliar suas residências com quartos para receber turistas, nos moldes do programa Cama e Café da Manhã, que funciona em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus).

            Porém, a situação que tem gerado mais preocupação, segundo o governador, é a do Cacau Pirêra, distrito de Iranduba, cuja economia se baseava principalmente na movimentação das balsas que faziam a travessia do rio antes da abertura da ponte Rio Negro. "As pessoas paravam obrigatoriamente ali quando vinham para Manaus. Então temos que ter uma alternativa". A proposta do Governo do Estado é a construção de um porto ao estilo do São Raimundo para atracar embarcações de turismo. "Temos que buscar alternativas para que possa garantir uma atividade econômica. Além da infraestrutura, o Estado pode financiar pequenos empreendimentos de serviços", disse o governador, ao declarar que já autorizou a licitação de uma Central de Abastecimento naquela área para fortalecer o setor primário na região.

FOTOS: ALEX PAZUELLO


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