Governos Estadual e Federal lançam núcleo para desenvolver economia de oito municípios da fronteira


Oito municípios da região da fronteira internacional do Amazonas serão beneficiados com investimentos prioritários dos Governos Estadual e Federal a partir da implantação do Núcleo de Integração da Faixa de Fronteira do Estado, lançado nesta quinta-feira (27), na sexta edição da Feira Internacional da Amazônia (FIAM). Coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), o núcleo vai elaborar, até o primeiro semestre de 2012, um diagnóstico com as principais potencialidades econômicas dos municípios e as áreas que precisam receber investimentos.

A criação do núcleo é uma iniciativa do Ministério da Integração Nacional, em parceria com o Governo do Estado e uma rede de instituições locais. O trabalho é complementar ao Plano Estratégico de Segurança Nacional, lançado em junho com o objetivo de aumentar a proteção nas fronteiras, que vai contemplar no Amazonas 21 municípios limítrofes com outros países e nove que são vizinhos a outros Estados, totalizando 30 cidades amazonenses. O plano também converge para a política estadual de desenvolvimento definida pelo governador Omar Aziz, de fomentar a economia criando novas oportunidades de emprego e renda.

“A questão da fronteira, historicamente, tem sido tratada apenas como questão de segurança, o que afasta os países vizinhos. Cada um pensando a fronteira como elemento de barreira entre as regiões. Entendemos que a questão não é apenas de segurança nacional, mas de desenvolvimento”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração, Sérgio Duarte de Castro.

Em todo o País, onze Estados da região fronteiriça serão beneficiados com núcleos para estimular o desenvolvimento econômico. “A geração de emprego e renda para as famílias dessas regiões funciona muito mais eficazmente para garantir a segurança na fronteira que as medidas de caráter repressivo”, comentou.

No Amazonas, o núcleo vai reforçar a presença do poder público em uma região fronteiriça de aproximadamente três mil quilômetros que abrange os vizinhos Peru, Colômbia e Venezuela, e as cidades amazonenses de Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá, São Gabriel da Cachoeira, Japurá, Santa Izabel do Rio Negro e Barcelos.

As áreas de saúde, educação e o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis devem concentrar os investimentos através do núcleo, avalia o diretor de Desenvolvimento Regional da Seplan, Marconde Noronha. “Já temos bastante informação, mas as demandas da sociedade serão prioritárias na elaboração dos planos. Eles vão para os ministérios e o governo federal examina a viabilidade dos aportes que podem ser feitos. Do ponto de vista social, isso significa a possibilidade de geração de emprego e renda, para que as pessoas não tenham que se deslocar para grandes centros urbanos para sobreviver”, disse.

O Núcleo de Fronteira do Amazonas contará com a participação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Sebrae), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Banco da Amazônia, Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), além da Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (AmazonasTur) e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).

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