GOLPE PUBLICITÁRIO - ARTHUR VIRGÍLIO

          O programa Bolsa Floresta, lançado no governo Eduardo Braga, é mero golpe publicitário. Atinge apenas cerca de seis mil famílias, que recebem quantia mensal irrisória, supostamente para não devastarem a mata.


          Mais dinheiro que o investido no Programa foi aquele destinado à propaganda nos grandes órgãos de comunicação do País. Repito: mero golpe publicitário.

          É falsa a ideia de que o Bolsa Floresta teria algo a ver com os baixos índices de desmatamento no território amazonense. Estes se devem ao Polo Industrial da Zona Franca de Manaus que, em seus efeitos indiretos financia o interior do estado, e a mais nada.

          Os grandes inimigos da floresta detêm forte capital. Não é o caso do pescador, do agricultor ou daquele que caça para sobreviver com sua família.

          Inverdades que bombardeiem a cabeça das pessoas insistentemente terminam sendo aceitas como se inverdades não fossem. Os regimes totalitários costumam fazer isso. E mesmo a democracia abre espaço para campanhas massivas, semeadoras de falácias. É do jogo, infelizmente.

          Uma coisa é inegável: se a floresta amazônica, na parte que toca ao Amazonas, dependesse das seis mil bolsas, idealizadas por Braga, para se manter de pé, de pé ela não mais estaria. Outro dado negativo é que desvia a atenção do papel que a Zona Franca cumpre em defesa do verde. E, com isso, de certa forma, enfraquece a luta em defesa do nosso Polo Industrial.

          *Diplomata
     

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