Campanha para reduzir mortes por AVC

            Dados do Boletim Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) apontam que, de 21,4% das mortes provocadas por problemas cardiovasculares registrados no Estado em 2010, quase a metade (11,6%) foram por Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame. Para reduzir esses números, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), por recomendação do governador Omar Aziz, iniciou nesta terça-feira, 25 de outubro, a primeira campanha de mobilização para alertar a população para os riscos do AVC. 

            Em parceria com a Universidade federal do Amazonas (Ufam), até o próximo domingo, 30, a campanha vai intensificar a orientação e o atendimento à população acima de 40 anos. O trabalho é executado por profissionais da saúde do Estado e finalistas do curso de Medicina da Ufam que, durante a campanha, trabalham com a realização de teste de glicemia, aferição da pressão arterial e massa corporal.

            A campanha prioriza inicialmente a capital do Estado, onde há registro maior de casos de AVC. Na zona norte de Manaus,  a campanha é realizada no Centro de Atenção Integral a Melhor Idade (Caimi), no Centro de Convivência da Família da Cidade Nova e na unidade do Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) do mesmo bairro. Na zona sul, o atendimento é feito no Centro de Convivência do Idoso da Aparecida, no Centro. Na zona leste, a campanha acontece no PAC do bairro São José. Na oeste, a é realizada no Caimi e PAC da Compensa.  

            Segundo a médica neurologista e coordenadora da campanha, Daiane Picoloto Camargo, a mobilização pretende alertar o paciente para os sintomas do AVC que em muitos casos passam despercebidos. "Na maioria das vezes antes de ser acometido por um AVC, o paciente não apresenta dor. Normalmente os sintomas são a perda da força em um lado do corpo, a perda da fala, visão, tontura ou perda da coordenação motora", alertou a especialista, recomendando a consulta médica diante de qualquer um desses sintomas. 

            Grupo de risco - De acordo com a neurologista, o alerta vem sendo reforçado para os indivíduos portadores de diabetes, hipertensão, colesterol alto, fumantes e sobretudo, para quem passou dos 50 anos de vida. "Esse que é considerado o grupo de risco nós orientamos para uma alimentação saudável, com baixa caloria e sal. Eles estão propensos a ter até 50% a mais de chance de um AVC", disse Daiane.

            O casal de aposentados Maria Célia da Silva, 60, e Francisco Pinheiro da Silva, 64, são hipertensos. No Caimi da Compensa, os dois receberam uma série de orientações para adoção de hábitos saudáveis. "Aprendemos várias maneiras de evitar um AVC. Além de explicar detalhadamente como identificar os sintomas, os profissionais nos orientam e encaminham para atividades nos programas de atenção ao idoso do Governo do Estado", disse a aposentada Maria Célia.    










Fotos: Alfredo Fernandes / AGECOM



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