Centro vai dar agilidade ao monitoramento e combate a queimadas

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            O Centro Integrado Multiagências do Amazonas (Ciman), inaugurado pelo Governo Estadual nesta terça feira (16), deverá dar mais agilidade ao monitoramento e combate aos focos de calor nos municípios do Estado, além de ampliar a formação de brigadas de incêndio. A partir da operação do Ciman, o Governo passa a ter uma ação coordenada, planejada e pontual na prevenção contra queimadas e incêndios florestais, principalmente nesta época do ano, em que o calor é mais intenso.

            Uma sala de situação, instalada no Comando Geral do Corpo de Bombeiros, Petrópolis, vai monitorar em plantão de 24 horas os 62 municípios do Estado, com a finalidade de detectar queimadas e áreas que apresentam riscos de incêndios florestais. O Ciman tem a coordenação da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SDS), Corpo de Bombeiros (CBMAM), Defesa Civil do Amazonas e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Também estão envolvidos o Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam), Batalhão Ambiental da Polícia Militar, Polícia Rodoviária, Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

            Segundo o coordenador adjunto de mudanças climáticas da SDS, Hamilton Casara, o trabalho integrado vai proporcionar mais agilidade no atendimento das ocorrências e denúncias. O conjunto de informações obtidas a partir do monitoramento contínuo dos órgãos estaduais, federais e municipais será recolhido duas vezes por semana e, às terças-feiras, acontecerão as reuniões para definir as ações de resposta do Ciman. "No trabalho de prevenção ou em situações de emergência cada órgão terá um papel específico e não caberá somente ao Corpo de Bombeiros ou a SDS", disse Hamilton.

            A estrutura do Centro será responsável por receber denúncias, definir medidas e movimentar brigadas em casos de queimadas e incêndios em todo o Estado. O contato direto com o Ciman pode ser feito pelo número (92) 3663-4238, que estará disponível à população e secretarias de meio ambiente municipais.

            Além da base em Manaus, focada no atendimento à Região Metropolitana, o centro integrado terá outras duas bases regionais, sendo uma na região sul do Estado, em Humaitá (a 675 quilômetros da capital) e outra na região leste, no município de Apuí (a 453 quilômetros de Manaus). A escolha desses pontos foi estratégica por contemplar o atendimento nas cidades próximas.

            Prevenção – O Estado do Amazonas reúne mais de 845 brigadistas que atuam no combate e no trabalho de prevenção às queimadas e incêndios florestais. O comandante geral do Corpo de Bombeiros, Antônio Dias, explica que no Sul e Sudeste do Amazonas estão sendo preparadas brigadas de incêndio para dar celeridade ao atendimento de ocorrências nos municípios. "Desde junho deste ano já formamos 11 brigadas nos municípios que apresentam concentração de focos de calor. Cada brigada reúne 30 brigadistas com equipamentos que são fornecidos pela SDS", destaca o comandante. Os brigadistas, segundo o comandante, são voluntários que recebem as orientações dos órgãos ambientais para atuar na prevenção às queimadas e sobre  procedimentos  que devem ser adotados diante de situações de emergência. 

            Na Região Metropolitana de Manaus os focos de queimadas e incêndios se concentram, principalmente, nas zonas leste e norte da capital. "De julho a agosto deste ano, registramos um aumento de 50% das ocorrências de incêndio, com relação ao mesmo período no ano passado. A maioria delas (ocorrências) é proveniente das zonas periféricas da cidade", diz o comandante, assegurando que o Governo do Estado reforçou o número de viaturas que atuam no combate às queimadas nas periferias, com o objetivo de reduzir a fumaça e a emissão de gases na atmosfera.

            Outra ação de prevenção às queimadas, envolvendo a sociedade civil, é a adesão ao Pacto Devastação Ilegal Zero, lançado em abril deste ano, pelo Governo do Estado. Com assinatura do pacto, os produtores rurais e proprietários de terras são alertados pelos órgãos ambientais, passam a fiscalizar e monitorar as áreas que estão sendo desmatadas e passam pelo processo de adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). O documento permite a prática de atividades econômicas sustentáveis em propriedades rurais, onde o índice está abaixo do permitido para o desmate.

            De acordo com informações do SDS, mais de 600 produtores do Sul do Amazonas apresentaram a documentação necessária para aderir ao pacto e outros 240 já estão legalizados e com a aprovação do CAR.

FOTOS: ALEX PAZUELLO

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