Médicos alertam para os riscos da hipertensão

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No Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, nesta terça-feira, 26, especialistas alertam para os riscos da doença. A pressão alta atinge cerca de 30 milhões de brasileiros e aproximadamente 400 mil pessoas no Amazonas, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Susam). Embora possa ser prevenida e controlada, a doença ainda está por trás das principais causas de morte no país – o derrame cerebral e o infarto agudo do miocárdio.


De acordo com o cardiologista Paulo Ferreira, diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia - Regional do Amazonas (SBC/AM), a prevenção é simples. “Medir a pressão arterial é um ato simples que possibilita o diagnóstico e o tratamento precoce, reduzindo complicações no organismo, sobretudo no aparelho cardiovascular”, explica.

Ele também alerta: os jovens precisam ficar atentos. “É um erro achar que somente os idosos sofrem de hipertensão. Pessoas jovens também podem ser vítimas da doença, portanto, devem se manter vigilantes”, disse o especialista.



Riscos
O médico cardiologista Aristóteles Alencar, que atua na rede estadual de saúde, informa que entre os fatores de risco para a hipertensão estão alguns que não se pode modificar, como o sexo (a doença é mais prevalente entre os homens), a idade (quem tem acima de 40 anos tem mais chance de sofrer com o problema), a raça (entre os negros a probabilidade de hipertensão grave é maior) e a herança genética (filhos de hipertensos têm mais chances de ter hipertensão). O tabagismo, o sobrepeso, o consumo de bebidas alcóolicas, o abuso do sal, a falta de exercícios físicos e o estresse aumentam o risco.

O médico explica que a hipertensão não tratada pode comprometer vários órgãos e levar a doenças como as renais crônicas, as de retina e as vasculares e cerebrovasculares, responsáveis pelos derrames e pelo infarto agudo do miocárdio.


No ano passado, 400 pessoas foram internadas no Amazonas apenas por complicações causadas por AVC (Acidente Vascular Cerebral) e 291 morreram pela mesma causa. O infarto agudo do miocárdio, também associado à hipertensão foi a causa de morte de outras 588 pessoas, ocupando o primeiro lugar na lista de óbitos por doença.


Aristóteles Alencar ressalta que a hipertensão é uma doença silenciosa na fase inicial. “A pessoa não sente nada, mas pode ter uma morte súbita por infarto agudo”, explica. Nos estágios mais avançados, os sintomas são principalmente dores na nuca e escurecimento da visão com pontos luminosos.


A pressão ideal, de acordo com o cardiologista, é a menor que 12 por 8. A hipertensão leve varia de 14 por 9 a 15 por 9. O segundo estágio da doença é classificado quando a pressão fica entre 16 por 10 a 17 por 10,9. Já o terceiro estágio é marcado pela pressão igual ou maior que 18 por 11. Os valores valem para os maiores de 18 anos.



Hipertensos têm programa específico de assistência



A hipertensão é tratada com medicação e redução dos fatores de risco. O diagnóstico e o acompanhamento são oferecidos pelas unidades básicas de saúde, coordenadas pelas secretarias municipais de saúde.


No Amazonas, estão cadastrados como hipertensas 380,4 mil pessoas maiores de 18 anos. Do total, 267 mil estão inscritos no HiperDia, programa nacional voltado para a prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos portadores de hipertensão e diabetes. Os medicamentos são oferecidos gratutitamente pelo programa e pelas Farmácias Populares, onde seis diferentes tipos de medicamentos estão disponíveis para controlar o problema.

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