A POLÍTICA "FORROZEIRA" DE FAZER CULTURA

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A cidade de Coari vive uma política cultura de festas. Parece que somos todos forrozeiros e que desfrutamos de uma única forma de manifestação cultural. As aparências enganam, e sem enganam os pensam que os artistas coarienses não percebem esta visão distorcida da cultura local.

Políticas culturais forrozeiras deveriam dar lugar à política de peças teatrais, de incentivo à literatura, da exposição de artesanatos e pintores coarienses. É evidente que o universo cultural de Coari é muito mais amplo, se no entanto começássemos a explorar o essencial do essencial, haveriam avanços. Os talentos que existem na terra do gás e do petróleo não são utilizados pelos “guetos” políticos, que separa os talentosos daqueles que aderem politicamente a qualquer grupo político local.

Nossos cirandeiros, as danças internacionais, as simples manifestações culturais foram engolidos por este modo “político partidário” de fazer cultura. Mas ainda há tempo de rever muitos conceitos, dentre os quais, o que temos que fazer uma secretaria que funciona como uma agencia de eventos e de festas, sem o debate e a criação de políticas públicas que ampliem as manifestações culturais de nosso povo. Enquanto isto, continuamos com a cultura de festas, sendo todos nós forrozeiros, mesmo havendo outras formas de manifestar nosso modo de viver.



DANIEL MACIEL
BLOG COARI EM DESTAQUE

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1Comentários

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  1. Emanoel Filho24/09/2010, 16:51

    Pois bem meu caro Daniel, a única maneira de restabelecer a cultura de Coari, como de resto em qualquer parte do país, é não negar a maneira que o povo pensa. Coari sempre teve problemas estruturais na cultura, sempre se pensou em fazer o produto e não a estruturação e a consequente materialização do pensamento do povo. Nós só coseguiremos estruturar a cultura de Coari, se observarmos, entendermos e sistematizarmos a forma como o povo se expressa através das mais variadas maneiras. A cultura não deve ser imposta, ela deve emanar do povo, o governante, assim como todos os gestores públicos e privados, têm que coletar este material e transformar, sem que perca a essência, em produtos culturais, afim de comporem políticas públicas e que possam claramente gerar o que chamamos de economia da cultura. Infelizmente a imensa maioria dos governantes e dos gestores, que se dizem culturais, pensam apenas no negócio. Darei um pequeno exemplo, bem conhecido em Coari:
    Uma grande banda é contratada para fazer um show em Coari. Ela vai, canta, alguns comerciantes ganham alguns trocados e daí? O que o município ganha realmente com isso? Nada, apenas ressaca no dia seguinte, e o vazio permanece. Temos que aproveitar esse e outros eventos grandes que a cidade continuará a realizar para extrairmos daí subprodutos que fortaleçam a cultura local. Não vou me alongar mais, e nem aqui é o local apropriado para que eu detalhe esse planejamento cultural, más esse exemplo pequeno serve para que o olhos sejam abertos para a tão sonhada estrutura para cultura. A CULTURA PODE E DEVE SER ENCARADA COMO UM DOS PILARES DE GERAÇAO DE EMPREGO E RENDA, COM SUSTENTABILIDADE.

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