Workshop discute acessibilidade de deficientes na Arena Amazônia

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No primeiro workshop para discutir o projeto físico e arquitetônico da Arena Amazônia para a Copa 2014, a Secretaria de Estado da Assistência Social (SEAS) adotou um exemplo de cidadania. Para permitir que os deficientes auditivos tivessem acesso às sugestões e críticas apresentadas no evento, um profissional capacitado em libras contribuiu com a transmissão das informações.



O evento promovido pelo Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (Conede) reuniu representantes da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), Conselho Municipal do Deficiente, profissionais Andrade Gutierrez - empresa responsável pela construção da Arena Amazônia -, e de entidades de deficientes físicos, auditivos e visuais do Estado. O comitê técnico da obra contará o reforço da empresa alemã Gerkan Mergen and Partner (GMP).



De acordo com o arquiteto da empresa estrangeira, Renato Costa, a GMP tem experiência na construção de estádios esportivos por todo o mundo e a ideia é trazer um pouco desta bagagem para Manaus. O engenheiro alemães coordenaram obras grandiosas como, os estádios da Copa da África do Sul, o Soccer City e o suntuoso Estádio de Durban.



A secretária em exercício da Seas, Graça Prola, informou que o Estado apresenta 17% da população com algum tipo de deficiência. “Este percentual corresponde a 600 mil pessoas que precisam ser escutadas”, adianta a secretária. Entre as reivindicações dos deficientes, uma das lutas do Conede está no entorno da arena. A presidente estadual do órgão, Ana Cláudia Martins, quer mudar uma das normas estabelecidas pela FIFA que determina uma distância de 3km entre a arena e a via de acesso. “Apenas as autoridades podem se aproximar da arena e nós vamos tentar mudar esta norma. A nossa proposta é que o Governo do Estado providencie transportes para embarcar e desembarcar dos deficientes impedindo o deslocamento perigoso”, esclarece.



Para o presidente da Associação de Deficientes Físicos do Amazonas (Adefa), Isaac Benayon, o encontro é uma conquista e um exemplo de democracia. “Esperamos que esta preocupação se estenda por todos os setores públicos e privados da cidade e não se concentre apenas na Copa de 2014”. A Adefa já existe há 30 anos e conta com mais de seis mil associados com deficiência física. Um dos membros da associação, Sebastião Neto, ainda reserva a esperança de poder viver em uma cidade livre de obstáculos. “Não adianta colocar uma rampa e logo em seguida um poste. O projeto tem que ser por completo e envolver todos os setores”, acrescenta.



A obra contará com investimentos em torno de 500 milhões e o engenheiro da Seplan, Manoel Paiva, trabalha no sentido de transformar a arena em um ponto de referência no Estado do Amazonas. “Queremos que estrutura seja usada por mais de 50 anos e vamos trabalhar para isso”, conclui.




DANIEL MACIEL
BLOG COARI EM DESTAQUE

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